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Estado de Minas FRAUDE

MP cumpre seis mandados de prisão por fraudes no Detran no Norte de Minas

Operação investiga crimes praticados por despachantes, empresários/comerciantes de veículos e policiais civis no âmbito do Detran


07/10/2022 10:22 - atualizado 07/10/2022 10:54

Por Bel Ferraz

 

operação contra fraude no Detran
Mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Montes Claros, Mirabela, Bocaiuva, Espinosa, Porteirinha e Patis, no Norte de Minas Gerais (foto: MPMG/Reprodução)


O Ministério Público cumpriu na manhã desta sexta-feira (7/10) seis mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Montes Claros, Mirabela, Bocaiuva, Espinosa, Porteirinha e Patis, no Norte de Minas Gerais.

 

Os mandados fazem parte de uma operação do MP em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Montes Claros, com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais.

 

A investigação apurou crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, usurpação de função pública, falsidade ideológica e associação criminosa praticados por despachantes, empresários/comerciantes de veículos e policiais civis no âmbito do Detran.

 

Durante a investigação, foi identificada a existência de esquemas de corrupção envolvendo as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de Mirabela e Bocaiuva, consistentes no pagamento de vantagem indevida a agentes públicos para obtenção de facilidades na realização de vistorias veiculares, transferências, emplacamentos e emissão de documentos.

 

As vantagens se davam principalmente em relação a proprietários de veículos moradores de outros municípios, que muitas vezes sequer tinham que levar os carros para serem vistoriados e, ainda assim, obtinham a documentação necessária, como se o procedimento tivesse sido realizado. 

 

Foi determinado judicialmente o bloqueio de bens dos investigados. 

 

 

Setenta policiais militares, dezenove policiais civis, dois militares do Corpo de Bombeiros, seis promotores de Justiça, oito servidores do MPMG e quatro colaboradores participaram da operação. 

 

 

A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Polícia Civil, mas ainda não obeteve resposta. 


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