Mariana Lage*
A Santa Casa de Belo Horizonte começou as reformas dos 50 leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) atingidos por um incêndio em junho deste ano. A "Santa Causa", campanha pública de arrecadação de recursos para a reforma criada pelo hospital, foi finalizada no fim do mês passado, tendo atingido apenas 41% da meta.
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Os equipamentos essenciais incluem monitores multiparâmetros com todos os cabos, respirador mecânico, aquecedor de leito e aspirador a vácuo móvel. Ainda não poderão ser adquiridos colchões térmicos para hipotermia terapêutica, equipamento de eletroencefalograma, equipamento de Doppler e Ultrassom e máquinas para hemodiálise, entre outros.
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Não há uma data exata para a reabertura. De acordo com a assessoria da Santa Casa, também não está prevista uma nova campanha de arrecadação, mas a instituição segue buscando o apoio de empresas para contribuírem para o projeto.
Relembre o incêndio
O incêndio que interditou o CTI começou na noite de 27 de junho, em uma saída de oxigênio de um leito do décimo andar do edifício, na Região Hospitalar. Espantados, pacientes, acompanhantes e funcionários desocuparam todo o local. No momento do incidente, 931 pessoas estavam internadas no hospital, 50 delas no andar atingido pelas chamas.
Com o sobressalto, pacientes tiveram que ser removidos e parte deles foi posta em leitos no meio da Avenida Francisco Sales, diante da unidade. 21 pacientes tiveram que ser transferidos para os hospitais João XXIII e São Lucas, e 29 foram remanejados dentro da Santa Casa. Três pessoas que estavam internadas no CTI morreram naquela data, mas, segundo o hospital, as causas não foram ligadas diretamente ao incêndio.
O incêndio deixou sequelas para o atendimento à população com a desativação dos 50 leitos do CTI. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi fortemente impactado em Minas Gerais, já que a Santa Casa é o maior hospital filantrópico da rede no estado, além de realizar mais de 43 mil internações e mais de 11 mil cirurgias por ano.