por Maicon Costa e Sílvia Pires
O homem de 26 anos suspeito de estuprar uma universitária, de 22, na região de Venda Nova, já cometeu outros crimes. Ele é casado e tem um filho. O autor também mora nas proximidades do bairro Canaã, onde a jovem foi atacada na noite da última quarta-feira (5/10).
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o homem teria cometido o mesmo crime pelo menos mais duas vezes, em 2013, quando ainda era menor de idade, e em 2021. O nome do suspeito não foi divulgado. Os policiais acreditam que pode haver mais vítimas.
Nos três casos, o homem deixou a mesma "assinatura" no crime. Ele estrangula as vítimas até perderem a consciência, estupra e depois as rouba. "Ele possui um modus operandi semelhante. Faz a mesma coisa com todas as vítimas", afirma a delegada Renata Ribeiro, da PCMG.
O homem sobrevive de pequenos furtos e, segundo a PCMG, se diz traficante. Ele tem, pelo menos, cinco passagens pela polícia. Aos militares, ele afirmou estar arrependido do crime e pediu desculpas. "Ele não deu detalhes do crime, somente pediu perdão", revela a delegada.
O homem, que se entregou na noite desse domingo (9/10), tomou essa atitude, segundo a Polícia, por estar se sentido acuado pelo cerco policial e recebendo ameaças de criminosos do bairro Canaã, local onde ele morava, que o identificaram pelas imagens divulgadas.
Ele vai responder por tentativa de homicídio e estrupro, seguido de roubo. "Ele tomou conhecimento de que criminosos da região onde ele reside passaram a ameaçá-lo de morte", conta o delegado Henrique Miranda, da Polícia Civil de Minas Gerais. O homem estava acompanhado da esposa e sogro.
O crime
A jovem foi atacada na noite de quarta-feira (5/10) por volta de 22h30, quando voltava da faculdade. Câmeras de um circuito de segurança da rua em que ela circulava flagraram o momento em que um homem a abordou e a arrastou para um lote vago.Segundo o boletim de ocorrência, o criminoso segurou a estudante pelo pescoço e afirmou ser traficante para intimidá-la. A universitária relata ter sido esganada até perder a consciência.
Momentos depois, acordou com machucados pelo corpo e sem roupas. Ela também teve o celular roubado. Com ajuda de um morador da região, ela conseguiu acionar a PM e fazer a denúncia.