Gustavo Werneck
Prestem bem atenção às palavras dos meninos e das meninas: elas chegam aos olhos e ouvidos carregadas de esperança, pedem um mundo melhor para todos, apontam caminhos e busca de soluções. Neste Dia das Crianças, estudantes de Belo Horizonte, com idade entre 7 e 10 anos, respondem a uma pergunta proposta pelo Estado de Minas: O que você faria se fosse presidente do Brasil?.
Ainda longe do título de eleitor e do primeiro voto, as crianças surpreendem nas respostas e levam à reflexão com suas ideias, embora mantendo um traço comum: a preocupação com o meio ambiente, em especial o cuidado com os animais e a preservação das florestas, e o respeito às pessoas para um mundo sem preconceitos.
“Se eu fosse presidente do Brasil, faria tudo de bom para preservar a natureza, não permitindo que jogassem lixo no chão ou destruíssem as florestas. Tudo seria melhor, também, sem racismo e intolerância”, afirma Homero Costa Faria, de 10 anos, que pretende ser engenheiro “e, se tiver sorte, cientista”.
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RESPEITO
Confiante no futuro e pensando em ser arqueólogo ou bombeiro, Davi de Paula Oliveira, de 8, aluno na Escola da Serra, no Bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, está certo de que ser presidente é respeitar “a sociedade, os homens, as mulheres, a população LGBTQI+, sem ver diferenças nas pessoas pela cor ou religião”. Na sua gestão, o dinheiro arrecadado com impostos e outras fontes seria para os investimentos necessários, como também para ser dividido entre os brasileiros.
A vontade de pôr um fim à pobreza motiva Ricardo Fajardo Linhares Ulhoa, de 9 anos. Ele comunga da ideia de que um país mais feliz seria sem pobreza, fome, poluição e preconceitos. E uma surpreendente sugestão vem de Nuno Cortelletti de Morais, de 9. Para ele, bom mesmo seria o escambo: em vez de dinheiro em circulação, haveria troca de comida por comida, roupa por roupa, e do que fosse possível.
Com as brincadeiras da infância e o pensamento no futuro, a turma realmente pensa grande e quer viver de forma plena no país. Estudando e aproveitando seu tempo, estão no caminho certo, embora muitos deles queiram passar longe do cargo de presidente do Brasil. “Deve dar muito trabalho”, avisou, entre pensativo e com um sorriso, um dos meninos.
A ideia de fazer a matéria surgiu a partir de um post de Renan Moreira (@RenanMoreirah), bacharel em direito cearense, que viralizou no Twitter e trazia várias ‘promessas’ de alunos do primário caso fossem eleitos.
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