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Por meio de nota, a Unimontes informou que a denúncia do suposto crime “está sendo devidamente averiguada pelas instâncias superiores” da instituição, “pelos órgãos e autoridades competentes”.
“Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para esclarecer os fatos”, diz o comunicado da Unimontes, assinado pelo reitor da universidade, Antônio Alvimar Souza. A Universidade começou a apurar o caso na segunda quinzena de agosto, com a abertura de um processo administrativo disciplinar para investigar professor denunciado.
Nesta segunda- feira (17/10), com o objetivo de prevenir e combater as práticas de assédio e abusos sexual, ele assinou uma portaria, criando a “Comissão de Acolhimento, Encaminhamento e Acompanhamento de crimes de violência sexual, gênero e discriminações” na instituição superior sediada no Norte de Minas.
O reitor da Unimontes também assinou uma portaria que “Institui Política de Enfrentamento ao assédio sexual, importunação sexual, formas de discriminações e preconceitos em relação à origem, cor, gênero, orientação sexual, religião ou crença, nível socioeconômico, condição corporal física ou psíquica no âmbito da Universidade”.
O documento foi assinado em solenidade na reitoria da instituição, com as presenças da coordenadora do Grupo de Pesquisa Gênero e Violência da Unimontes, Cláudia Maia, da presidente da Comissão da OAB Mulher – da 11ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Montes Claros, Graciele Bicalho, e da Coordenadora Adjunta Estadual da Aliança LGBTQI+, Letícia Ferreira, entre outros convidados.
“Não vamos engavetar denúncias. A Universidade tem que ser um espaço seguro onde as famílias possam confiar os jovens, e não provocar estragos na vida afetiva e pessoal dos nossos alunos”, afirma Antônio Alvimar.
“Somos uma Universidade diversa e, como tal, é assolada pelos mesmos problemas da sociedade. Diariamente, fazemos enfrentamentos necessários e árduos para construímos um espaço democrático e formativo. Nosso papel é trazer o outro para perto. Só assim construiremos ações e ambientes mais coerentes, éticos, de humanidade, em defesa da vida. Essas ações são importantes e necessárias, complementou.
Hipnose e sadomasoquismo
O nome do professor suspeito das práticas de abusos sexuais contra alunas não foi divulgado. Ele ingressou na universidade estadual em 2014, por intermédio de aprovação em concurso público. A reportagem não conseguiu contato com o suspeito nem com o seu advogado para ouvir a versão da defesa.
De acordo com as denúncias feitas pelas vítimas - e que continuam em investigação - , o professor de História foi acusado de supostas práticas da técnica de hipnose (mesmo sem formação na área) e BDSM, sigla que denomina “um conjunto de práticas consensuais envolvendo bondage e disciplina, dominação e submissão, sadomasoquismo e outros tipos”. Por sua vez, o “bondage” consiste em “conjunto de práticas sexuais de natureza sadomasoquista que envolvem o domínio físico de um dos parceiros sobre o outro”.