Maicon Costa
O prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (18/10) para anunciar a realização do Censo da População em Situação de Rua, a ser feito na capital mineira nos dias 19, 20 e 21 deste mês.
Na quarta-feira (19/10), o levantamento começa nas regionais Centro-Sul e Leste. As demais regiões da cidade serão atendidas na quinta-feira (20/10). A sexta-feira (21/10) será destinada a locais não visitados.
O trabalho é desenvolvido pela prefeitura em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fiocruz.
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Além do prefeito e do secretário de Desenvolvimento Econômico, compuseram a mesa da coletiva o Secretário Adjunto de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, José Crus, a Reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), professora Sandra Regina, e o Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde da UFMG, professor Frederico Garcia. A secretária Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares, não estava presente.
Números divergentes
A prefeitura estima que existam entre 4 mil e 9 mil pessoas em situação de rua em Belo Horizonte. No entanto, pesquisadores do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua defendem que o cenário é bem pior.
O último levantamento, divulgado neste mês de outubro pela entidade, aponta que a cidade de Belo Horizonte possui 11.165 pessoas em situação de rua. Já a Prefeitura trabalha com o dado de 7 mil cidadãos vivendo nas ruas.
Segundo o professor André Dias, Coordenador do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), existe uma subnotificação de casos de pessoas em situação de rua em Belo Horizonte. Ele também questiona a base de cálculo do Executivo sobre o segmento. Enquanto a prefeitura trabalha com dados dos últimos 12 meses do CadÚnico, o pesquisador defende que o ideal seria ter como base os últimos 24 meses, segundo orientação do Ministério da Cidadania.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Adriano Faria, discorda e diz que os dados utilizados pela pesquisa da UFMG não condizem com a realidade vivenciada no município.
O CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e informações voltado para fins de inclusão em programas de assistência social e redistribuição de renda.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Adriano Faria, discorda e diz que os dados utilizados pela pesquisa da UFMG não condizem com a realidade vivenciada no município.
O CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e informações voltado para fins de inclusão em programas de assistência social e redistribuição de renda.
Adriano ressaltou também que o Censo servirá para esclarecer essas dúvidas em relação a quantidade de moradores em situação de rua. Segundo ele, além de mostrar quantos são, o levantamento irá exibir quem são essas pessoas, o que ele classificou como mais importante do que os números.