Estado de Minas
A juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bomfim, do Tribunal do Júri, acatou o pedido dos advogados do delegado Rafael Horácio para que seja feita uma reconstituição do crime. O delegado é acusado de matar o caminhoneiro Anderson Cândido de Melo durante uma briga de trânsito, em BH.
A data da reconstituição está sob sigilo, para evitar aglomeração de populares no local, segundo informações do Fórum Lafayette de Belo Horizonte.
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A juíza decidiu ainda que o o assistente técnico indicado pela defesa, Dr. José Geraldo Galvão, poderá acompanhar a reconstituição,“ desde que não interfira nas atividades dos órgãos responsáveis pelo cumprimento do ato".
Relembre o caso
No dia 26 de julho, Rafael Horácio estava em uma viatura descaracterizada junto de outro policial na Avenida do Contorno, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Anderson Cândido de Melo estava no mesmo local, dirigindo um caminhão-reboque.
À polícia, Horácio disse que ia pelo viaduto no sentido Bairro Barro Preto, quando Anderson o fechou por duas vezes e, mesmo depois de advertido, colocou terceiros em perigo. Ainda segundo o delegado, de forma inesperada, o motorista do caminhão jogou o veículo contra a traseira da viatura.
O policial desceu da viatura e se apresentou, pedindo que Anderson descesse do carro e mostrasse sua identificação. Mas, o motorista não acatou a ordem, acelerando o veículo. O delegado sacou o revólver exigindo mais uma vez que ele descesse, porém Anderson não acatou e acelerou sob Rafael.
O delegado disparou contra o para-brisa. Na época, justificou com “cessar a iminente agressão”. Anderson chegou a ser socorrido, mas morreu após passar por cirurgia no Hospital João XXIII.