Segundo o presidente da Associação de Moradores do Chacreamento Fateiro, Ricardo Rodrigues, de 65 anos, a manifestação foi feita de forma pacífica e causada por um atropelamento duplo nessa segunda-feira (17/10).
Na ocasião, um menino de dois anos morreu após ser atropelado por um caminhão. A mãe da criança, que também foi atingida pelo veículo, foi socorrida e está em estado grave no Hospital João XVIII.

Além do acidente dessa segunda, ele afirma que outro morador, Irani Severino, foi atropelado nesse domingo (16/10). “Ele está em estado grave. Perdeu o braço esquerdo, o baço, um rim e precisará passar por várias cirurgias, não sabemos nem se conseguirá sobreviver. Sem contar, que, no dia seguinte do acidente, uma criança morreu e a mãe está internada”, contou.
O cunhado de Irani, Maurício da Cruz, de 53, que estava na manifestação, afirmou que a sua irmã e esposa da vítima também virou cadeirante por causa de um atropelamento. “Minha mãe estava no momento, mas não sobreviveu. O acidente aconteceu em 2015 e, agora, isso ocorre com o Irani. Não tem jeito de morar aqui sem ter uma passarela”, explicou.
Reividicações ocorrem desde 2015
De acordo com o presidente da associação de moradores da região, as reivindicações para a instalação de uma passarela ocorrem desde 2015.
“Já participamos de audiência pública, na Assembléia Legislativa, em função dessa construção. Porém, esses acidentes recentes motivaram a paralisação”, informou.
Ricardo afirma que no edital do leilão de duplicação da BR-381 não está prevista a construção de uma passarela provisória, como solicitado pela população. “Estão previstas três passarelas para o trecho de Ravena, mas só depois que houver o leilão e a rodovia ser duplicada. Porém, a comunidade não consegue esperar mais, não tem jeito, pois mais pessoas podem morrer”, contou.
Segundo o morador, está sendo feita mais um ofício para o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e o prefeito de Sabará, Wander Borges. “Pedimos para que eles se atentem para esse problema, pois é urgente. Não tem sentido ficarmos vendo vizinhos e parentes morrendo”, alegou.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local e monitorou a manifestação.