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Estado de Minas NÚMEROS PREOCUPANTES

Em Uberaba, 90% das pessoas LGBT+ já tiveram depressão e 56% ideia suicida

Além disso, segundo informações do 1º Mapeamento LGBT+ da cidade, 25% desse público já tentou se matar e 44% realizam tratamento com psiquiatria ou psicólogo


25/10/2022 11:30 - atualizado 25/10/2022 11:47


Pessoa que não pode ser identificada diante de janela
Até o momento a pesquisa voltada para a comunidade LGBT+ de Uberaba já atingiu 380 pessoas, número que, segundo a Coordenadoria de Políticas LGBT+ da cidade, já atinge a meta do mínimo necessário para a amostra (foto: Creative/Commons/Divulgação)


Renato Manfrim - Especial para o EM 
 
A coordenadoria de Políticas LGBT+ de Uberaba, divulgou nesta segunda-feira (24/10) uma nova parcial do 1º Mapeamento LGBTQIAP+ da cidade, iniciado no começo de agosto desse ano. Os números são preocupantes.
 
Os dados que mais chamaram atenção foram que 90% desse público já sentiu sintomas de depressão; 96%, sintomas de ansiedade; 67,7%, ataques de pânico, 22% disseram que já se automutilaram; 56% já tiveram ideias suicidas; 25%, tentaram se matar; 52%, uso abusivo de álcool ou drogas; 68% sentem falta de serviços especializados em saúde mental e 44% realizam tratamento com psiquiatria ou psicólogo.
 

“Até o momento já atingimos 380 pessoas que responderam as perguntas, o que já atinge a meta do mínimo necessário para a amostra”, destacou nota da Coordenadoria de Políticas LGBT+ de Uberaba.
 
“Em suma: altos índices de sofrimento mental, de ideação e tentativas de suicídio e de uso abusivo de álcool/drogas; um público de muita vulnerabilidade social”, considerou a coordenadora Lucimira Reis. Ela complementa que, na quarta, quinta e sexta da semana passada aconteceu na cidade a 10ª Conferência de Saúde de Uberaba, sendo que ficou definida a criação de um ambulatório específico para a comunidade LGBT+. “A proposta já foi passada para a Câmara Municipal. Agora, de alguma forma, é preciso que seja aprovada e que um local para o ambulatório seja definido”, ressaltou Reis.
 
Ainda com relação às perguntas sobre Saúde do 1º Mapeamento LGBTQIAP+ de Uberaba, cerca de 70% da comunidade disseram que usam algum grau dos serviços públicos de saúde e quase 35% usam exclusivamente os serviços públicos de saúde.

Conforme análise parcial da Coordenadoria de Políticas LGBT+ de Uberaba, além dos problemas mostrados na área da Saúde, os resultados parciais mostraram a importância da escola pública para a comunidade e a situação de risco que a mesma vive, atualmente, devido à identidade de gênero e orientação sexual
 

Questionário on-line

 
O mapeamento e o diagnóstico situacional da população LGBTQIAP+ da cidade de Uberaba diz respeito a um questionário on-line, que pode ser  acessado por meio deste link, com 52 questões do tipo fechada e uma questão do tipo aberta.
 
As 52 perguntas se subdividem em seis blocos: Perfil Sociodemográfico; Perfil Socioeconômico; Acesso à Saúde; Acesso à Educação; Trabalho, Segurança e Assistência Social; e Preconceito e Violência.

Podem participar pessoas autodeclaradas pertencentes à população LGBTQIAP+; maiores de 18 anos de idade e residentes em Uberaba.


 


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