Jornal Estado de Minas

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Uberaba: crianças deixam de ir à escola por falta de vans escolares

Várias crianças que estudam em escolas municipais de distritos rurais de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estão há mais de uma semana sem transporte escolar e, desta forma, sem frequentar as escolas destas localidades. O motivo, segundo informações divulgadas pela empresa responsável pelo serviço, é que a mesma vem operando com déficit financeiro nos últimos seis meses devido à alta no preço do diesel e o aumento da demanda de alunos na área rural pós-pandemia.




 
Um morador do distrito rural de Peirópolis, que preferiu não se identificar, contou que, atualmente, muitos alunos da Escola Municipal Frederico Peiró, que moram na comunidade, estão sem frequentar as aulas. “Os professores estão dando aula para um, dois alunos em cada turma”, lamentou.
 
Ele complementa que a situação vira “uma bola de neve”. “Porque o aluno não indo para a escola, o pai ou a mãe fica sem trabalhar para estar em casa com ele e isso prejudica em seus serviços. Conversei com outros pais de outras comunidades rurais de Uberaba, como Santa Rosa, e eles me contaram que estão vivendo o mesmo problema”, destacou.
 
De acordo com um funcionário da escola de Peirópolis, que também prefere não se identificar, de três motoristas de vans escolares que atuam na comunidade, apenas um está ativo atualmente. "Entre os que estão parados, um está com o veículo quebrado e o outro com pagamento em atraso", contou.




Novo contrato

Diante do problema, na tarde de ontem (25/10), aconteceu uma reunião entre a equipe da Secretaria Municipal de Educação e os representantes da empresa Expresso RS Cargas e Encomendas, que presta o serviço de transporte de alunos dos distritos rurais.
 
Em seguida, a Prefeitura de Uberaba anunciou por meio de nota que assinou um documento que formalizou o pagamento de um reequilíbrio financeiro no contrato com a empresa.
 
Ainda conforme a prefeitura, o pagamento está previsto para ser feito no próximo mês, quando será repassado cerca de R$ 1,2 milhão para acertar retroativo acumulado desde março, quando o pedido de reequilíbrio foi feito pela empresa.