Dois jovens, naturais de Uberaba, no Triângulo Mineiro, foram encontrados mortos e enterrados em área de uma extensa mata, localizada na zona rural de Primavera do Leste (MT), a cerca de mil quilômetros da cidade mineira, na tarde dessa quarta-feira (26/10).
Os corpos de Matheus Guedes Alves dos Reis, de 18 anos, e Luís Felipe Oliveira Guedes, de 19, que devem ser sepultados na noite desta sexta-feira (28/10) em cemitério de Uberaba, foram localizados por cão farejador do Corpo de Bombeiros após cerca de cinco horas de buscas.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil (PC), as vítimas eram primos, moravam em Uberaba e foram à Primavera do Leste para vender acessórios de automóveis.
O caso é investigado por latrocínio (roubo seguido de morte) e cárcere privado.
Eles estavam desaparecidos desde o dia 21 de outubro (sexta-feira passada), quando parentes contaram à Polícia Civil de Primavera do Leste que, antes dos jovens desaparecerem, eles falaram com os familiares por volta das 17h, por mensagem e depois, em torno de 21h, um deles postou uma foto em rede social, mas depois disso não responderam mais mensagens e nem atenderam a ligações telefônicas.
Então, os familiares entraram em contato com funcionário de hotel, onde os jovens estavam hospedados, que disse que eles não haviam retornado ao local, mas que o quarto estava com todos os objetos pessoais deles.
Segundo informações de uma parente dos primos, que prefere não se identificar, os corpos deles seriam transportados nesta sexta-feira para Uberaba, onde está previsto o sepultamento deles no Cemitério Medalha Milagrosa.
“Eles trabalhavam de domingo a domingo”
Ainda segundo informações da parente dos jovens, os dois primos trabalhavam indo para várias cidades, de ônibus, para vender acessórios de carro, como paleta, capas de volantes, entre outros.
Em Primavera do Leste já estavam há cerca de três semanas e já teriam dado entrada para tirarem habilitação, já que na cidade seria mais rápido e barato.
“Ninguém sabe ao certo o que aconteceu; a investigação está em sigilo”, complementou.
A parente dos primos contou também que eles não tinham passagens policiais e que eram muito trabalhadores. “Eles trabalhavam de domingo a domingo (...) Tinham muito para viver ainda”, lamentou.