Jornal Estado de Minas

INTOXICAÇÃO

Trabalhadores são levados ao hospital por inalar gás tóxico no Sul de MG

Trabalhadores da construção civil foram socorridos para a Santa Casa de Guaxupé, no interior de Minas, no fim da tarde dessa quinta-feira (27/10) por suspeita de inalação de gás tóxico em uma construção que fica no Bairro Agenor de Lima. O Corpo de Bombeiros informou que duas pessoas foram socorridas em estado grave para o hospital.




 
Conforme o Corpo de Bombeiros, dois pedreiros e um servente ficaram inconscientes após entrarem no porão. Os três trabalhadores desceram ao subsolo de um prédio que está sendo construído por eles para verificar o escoramento do piso da construção que havia sido feito há aproximadamente 15 dias.
 
Segundo informações de testemunhas, um deles desceu para fazer a verificação e perdeu os sentidos. Os outros dois que estavam na entrada da galeria desceram para tentar ajudar os companheiros e também desmaiaram no local. A boca da entrada da galeria tem aproximadamente 3 metros de diâmetro. Os operários têm entre 18 e 30 anos.
 
Os militares dos bombeiros tiveram que entrar no local para retirar os trabalhadores com uso de equipamentos de proteção respiratória.
 
Um deles, conforme os bombeiros, recuperou a consciência, foi atendido por uma viatura do SAMU no local. Por já estar se sentindo melhor, recusou-se a ir ao pronto socorro na unidade de resgate: disse que  iria depois por meios próprios. Os outros dois foram encaminhados em estado considerado grave ao pronto socorro de Guaxupé para avaliação médica.




 
O local foi interditado pelo Corpo de Bombeiros.

Formol

Na manhã desta sexta-feira (28/10), o Corpo de Bombeiros de Guaxupé realizou uma coletiva de imprensa para informar o resultado da investigação.
 
Segundo os bombeiros, eles chegaram à conclusão que o produto que foi inalado pode ser derivado de formol, utilizado no madeirite da obra e que por ter ficado confinado no fosso, abafado, sua concentração formou o gás que acabou intoxicando os funcionários.
 
A obra continua interditada para avaliação de medição do gás e sua breve liberação.
Apenas um funcionário que estava na obra continua em observação. Os outros dois tiveram alta médica.