A mãe de uma criança, de 6 anos, pede “justiça” após registrar ocorrência contra um policial militar reformado, de 55 anos. O homem, conforme a denúncia, teria enforcado o menino até desmaiar depois de ele brincar e dizer, ao ser questionado, “Lula lá”, referindo-se ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O menino vai todos os finais de semana para a casa do pai, no bairro Afonso Pena. Lá, frequenta a padaria que fica em frente. No domingo, ele foi até o estabelecimento que pertence à família do policial reformado, para comprar um lanche.
“Lá estavam o agressor, a mãe do agressor e o pai do agressor. Eles estavam discutindo Lula e Bolsonaro. Meu menino passou, o agressor passou a mão na cabeça dele e falou: 'Você é Bolsonaro, você tem cara de ser Bolsonaro'. Aí meu menino falou: 'Eu sou Lula lá'. No que ele falou, ele pegou meu filho pelo pescoço, enforcando meu filho, deixando ele sem ar até ele desmaiar. Quando ele desmaiou que ele soltou meu filho. Machucou o cotovelo dele”, conta a mãe da criança.
O pai do menino, de 75 anos, apareceu logo em seguida. “Ele começou a gritar: está machucando o menino, machucando o menino, aí ele (agressor) falou: estou só brincando”, relata a mãe. Após o menino retomar a consciência, ele foi levado para a casa. Entretanto, a PM foi acionada apenas à noite quando a mãe chegou para buscar o filho.
“Ele foi levado para o hospital assim que eu tive conhecimento. Chamei a polícia e os próprios policiais levaram ele”, relata. Reisla disse que o pai não fez nada por receio e por ser idoso.
A mãe quer que as autoridades avancem com a investigação. “Ele não pode ficar impune”, enfatiza. Além da marca no pescoço, Reisla diz que a agressão deixou trauma psicológico no filho: “Ele não quer sair de casa, acorda a noite chorando”.
Investigação
Em nota, a Polícia Militar confirmou que foi acionada na noite de domingo (30/10). A agressão teria ocorrido às 9h. “De imediato, os policiais militares prestaram assistência à criança e a conduziram para o atendimento médico. As equipes se deslocaram até a residência do suposto autor com o escopo de adotar as providências, porém, este não foi localizado. O registro foi encerrado e entregue à Delegacia de Polícia Civil, tendo em vista o suposto fato se tratar de crime comum.”, informou a polícia por nota.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que instaurou inquérito policial para apurar o caso. Ele segue em investigação pela delegacia do município.