A Polícia Civil de Muriaé deflagrou a Operação Senhores Feudais, que teve como objetivo cumprir mandados de prisão dos suspeitos pela morte de Ernando Cabral de Souza, ocorrida no dia 1º de setembro de 2022.
Na ocasião, a vítima foi encontrada morta com um tiro no rosto e com o carro em que estava incendiado. Desde então, a corporação está investigando o crime. E de acordo com o delegado Glaydson Souza, três pessoas foram os mandantes do assassinato.
“A gente conseguiu determinar três mandantes, por motivos diferenciados, montaram um consórcio. Teve um intermediador para contratar os dois executores. Prendemos dois mandantes, o intermediador e um executor”, disse o delegado.
A investigação da Polícia Civil identificou três motivos para o crime:
- Um dos mandantes mandou matar um primo de Ernando e jurou Ernando de morte. Desde então os dois trocavam ameaças
- Um dos mandantes teve um transformador furtado de sua propriedade rural e acusou Ernando de ser o responsável pelo crime
- Um dos mandantes teve uma relação extraconjugal com a esposa de Ernando e também passaram a trocar ameaças.
Segundo Glaydson, um dos mandantes pagou R$ 100 mil para os executores de Ernando. “Os mandantes são grandes proprietários de terras em localidades diversas e tem poderes de mando por isso. por empregarem violência através do poder econômico”, explicou o delegado.
De acordo com o delegado, a vítima foi enganada. “Os executores simularam a venda de um armamento para a vítima. se passou de amigo da vítima e usando dessa amizade colocou os executores na casa da vítima para facilitar a execução do crime”, revelou.
O carro em que o corpo da vítima estava foi furtado em São João do Meriti (RJ) na noite anterior do crime. Os mandados da Operação Senhores Feudais foram deflagrados nas cidades de Fervedouro, Muriaé, São Sebastião da Vargem Alegre e Viçosa.