O PSF (Programa de Saúde da Família) Nossa Senhora Aparecida, que leva o nome do bairro, em Passos, no Sudoeste de Minas, está sem a menor condição de uso. Os integrantes do Conselho Municipal de Saúde de Passos, após reunião extraordinária na segunda-feira (7/11), anunciaram que o órgão notificou o prefeito Diego Oliveira (União Brasil) por descaso com dinheiro público.
A notificação oficial ao prefeito, ao secretário de Saúde e à coordenação da Atenção Primária sobre os fatos foi consumada nessa terça-feira (8/11).
O conselho informa que foram verificadas condições precárias de trabalho e forma desumana de atendimento. Durante a visita, os conselheiros apontam que encontraram inúmeros materiais de construção se deteriorando com as chuvas dentro da unidade e outras “mazelas da administração pública”. A plenária do conselho deliberou que se resolva em caráter de urgência os problemas de infraestrutura para que os profissionais venham ter dignidade de atender os usuários do SUS.
“O Conselho lamenta por encontrar uma unidade de saúde sucateada e quem mais perde é a população. Precisamos urgentemente da reforma do prédio, dando aos funcionários condições de trabalho e à população dignidade no atendimento”, disse o vice-presidente do conselho, Rogério Santos.
O secretário municipal de Saúde, Thiago Agnelo de Souza Salum, informou, através da assessoria de imprensa, que o PSF passou por uma pequena reforma por meio da Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) no ano passado, e este local tem passado por diversas invasões de pessoas que estragam e roubam materiais.
“Estes vândalos entram pelo telhado durante a noite, e, além do vandalismo telhas são quebradas, prejudicando o local. A administração municipal tem buscado outra alternativa como o aluguel de outra casa nas proximidades. O atendimento está sendo feito no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que realmente não é um local totalmente adequado, mas é o que foi possível para não deixar de atender cerca de 4.200 pessoas. Esta medida é para não deixar nenhum paciente sem atendimento, pois fechar a unidade seria mais prejuízo ainda para a população”, explicou.
Na segunda-feira, o secretário de Saúde e a Defesa Civil fizeram uma vistoria no local. Foi, então, que decidiu-se passar os atendimentos para o Cras e buscar a alternativa de procurar uma casa para alugar até que uma ampla reforma seja feita, que deve demorar, no mínimo, seis meses, dependendo das condições climáticas.
Os materiais estavam depositados no chão do PSF e molhando, mas onde estavam depositados não havia atendimento. “Nós já entramos também com o pedido para uma reforma definitiva do local e estamos buscando um imóvel nas proximidades para alugar. O uso do Cras é até que consigamos este imóvel. Pedimos um pouco de paciência para a população que já estamos tomando todas as providências e já estamos cientes para adequar e dar mais condições para a população, tendo em vista que a última chuva e as pessoas que adentram no local pelo telhado, destroem o telhado e isso está causando grandes transtornos porque acaba vazando a água e está infiltrando por dentro da unidade, mas já estamos tomando providências”, afirmou o secretário.
Ainda de acordo com o secretário de Saúde, os atendimentos estão sendo feitos desde segunda-feira no Cras, que é ao lado do imóvel do PSF. "Já estamos buscando uma casa para alugar nas proximidades e entrei com o pedido para reforma definitiva do PSF que deve durar algo em torno de seis meses. Temos que fazer algo intensificado lá, porém, o período chuvoso prejudica qualquer tipo de obra. Mas, para não parar com os atendimentos, estamos usando provisoriamente o Cras", reiterou.