A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou, em nota divulgada via rede social, ter aberto processo administrativo disciplinar contra um professor para apurar a publicação de informações que questionam a eficácia da vacina contra COVID-19.
Ao professor Mauro Augusto Tostes Ferreira, que leciona a disciplina de anatomia na graduação e é neurocirurgião, também são atribuídas publicações com teor preconceituoso contra minorias, agressões verbais de caráter sexual e fake news sobre política.
Ao professor Mauro Augusto Tostes Ferreira, que leciona a disciplina de anatomia na graduação e é neurocirurgião, também são atribuídas publicações com teor preconceituoso contra minorias, agressões verbais de caráter sexual e fake news sobre política.
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Contatada pela reportagem, a diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, professora Alamanda Kfoury, confirmou o teor da nota divulgada pelo Twitter e informou que a direção está tomando as providências necessárias ao caso.
Contatada pela reportagem, a diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, professora Alamanda Kfoury, confirmou o teor da nota divulgada pelo Twitter e informou que a direção está tomando as providências necessárias ao caso.
Falas preconceituosas e fake news
Um tuíte atribuído ao professor e publicado em 6 de novembro, que foi printado por um usuário da rede antes de a conta de Tostes ser suspensa, sugeria que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estaria em tratamento de sérios problemas de saúde. Também sugeriu que o petismo seria uma doença “letal”: "Não é COVID. Sou médico. É PT-vid, cepa letal, sem tratamento. Tempo de vida: 12h", disse.
Em 5 de novembro, outro tuíte atribuído a Tostes traz comentários de teor transfóbico direcionados à deputada federal eleita Duda Salabert (PDT). Outro, em resposta ao deputado André Janones (Avante), faz comentários irônicos com conotação sexual sobre o apoio a Lula. Já mensagem dirigida ao empresário Elon Musk, que recentemente comprou o Twitter, sustenta que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas e que o país teria “voltado para a União Soviética”.
Em comentário sobre um tuíte do ex-jogador de futebol Juninho Pernambucano, que apoiou a candidatura de Lula, mensagem atribuída a Tostes questionou: "Catarinense não é, né?", sugerindo que a opinião do ex-atleta seria diferente se ele não fosse nordestino.
O Estado de Minas tentou contato com o professor Mauro Augusto Tostes Ferreira, por telefone e por e-mail, para que se manifestasse sobre as declarações que são atribuídas a ele e o processo administrativo anunciado pela Faculdade de Medicina da UFMG, mas ainda não obteve resposta. O espaço está aberto para que o médico se manifeste. Caso haja posicionamento, esta reportagem será atualizada.
Atualização: nesta quinta-feira (10/11), em postagem no Facebook, o professor disse que foi vítima de uma conta falsa no Twitter, "que disparou uma série de mensagens passando-se por mim". "O criminoso chama-se 'morango vampiro'", disse Tostes. Segundo ele, todas as providências administrativas, policiais e judiciárias já foram iniciadas.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata
Atualização: nesta quinta-feira (10/11), em postagem no Facebook, o professor disse que foi vítima de uma conta falsa no Twitter, "que disparou uma série de mensagens passando-se por mim". "O criminoso chama-se 'morango vampiro'", disse Tostes. Segundo ele, todas as providências administrativas, policiais e judiciárias já foram iniciadas.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata