Um policial federal de Montes Claros, no Norte de Minas, foi preso e afastado do cargo na manhã desta quinta-feira (17/11) por suspeita de envolvimento em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.
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Segundo a Polícia Federal, cerca de R$ 200 milhões em empréstimos do programa foram liberados para um grupo de empresários, profissionais liberais e servidores públicos. Essa liberação, de acordo com a investigação, teve a aprovação de gerentes do Banco do Brasil.
O grupo desviava o valor, que deveria ser direcionado para a plantação de eucalipto, e aplicava em outros investimentos e bens, inclusive utilizando de pessoas interpostas para ocultar a origem do dinheiro.
Além dos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, a Polícia Federal também investiga o crime de falsificação de documento e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
Na manhã de hoje, foram cumpridos 38 mandados judiciais de sequestro de bens e valores, 35 determinações de intimação e indiciamento, 13 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária contra o policial federal.
Em nota, o Banco do Brasil informou que colabora com as autoridades na investigação e que possui processos estabelecidos para apuração de eventuais falhas em procedimentos internos ou envolvimento de pessoa do seu quadro funcional.
"O BB informa que as investigações iniciaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades na contratação de operações de crédito, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar".