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Estado de Minas ASSÉDIO SEXUAL

Aluna denuncia assédio de professor contra uma amiga na PUC Minas

Estudante, de forma anônima, afirma que o caso aconteceu há alguns anos e que docente teria se aproveitado da necessidade de notas da vítima


17/11/2022 14:12 - atualizado 18/11/2022 15:16

Vista área da unidade da PUC Minas em Betim
Vítima teria cedido as pressões do docente, pela necessidade de nota (foto: PUC Minas Betim/Divulgação)

Uma aluna da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) denunciou, nessa quarta-feira (16/11), um caso de assédio envolvendo um professor e sua amiga, por meio de um perfil anônimo de estudantes da unidade Betim nas redes sociais. 

De acordo com a publicação, a estudante ficou sabendo do caso depois de vários semestres, quando a amiga contou que foi levada pelo professor para um lugar desconhecido e, por medo, teria engajado em relações sexuais com o docente. A vítima ainda teve receio de engravidar, já que o homem não usou preservativos.

A mensagem, no entanto, foi escrita com o intuito de alertar as estudantes sobre as violências que podem ser submetidas. A autora começa dizendo que é no final do semestre que os professores se aproveitam de alunas que estão desesperadas precisando de pontos, e então, denuncia o caso.

A aluna que faz a denúncia disse ter percebido o comportamento estranho da amiga, mas achava que era um estresse pela pressão em ser aprovada no fim do semestre. Ela reconhece que o caso, talvez, não seja levado à Justiça por já ter passado alguns anos, e no fim faz um apelo para que as colegas não caiam em assédios de professores oportunistas.
“Nunca, pelo amor de Deus, deixe quieto. Procure amigos, pais, o nupsi (Núcleo de Referência em Psicologia), qualquer coisa, mas não passem por isso. Um professor não pode te punir por rejeitar ele, e se fizer, procure seus direitos”, ela conclui. 

O que diz a PUC Minas

Também pelas redes sociais, a PUC Minas se manifestou dizendo estar atenta à mobilização dos alunos em função da denúncia. Porém, ressaltou que as graves suspeitas requerem a devida apuração e a sustentação por fatos.
A universidade reforça que situações como essa podem impactar a integridade moral das pessoas envolvidas e, por isso, deve cercar-se de todos os cuidados e protocolos institucionais para que não haja nem impunidade, nem condenações prévias.

Em nota enviada à imprensa, a PUC ainda informou que o reitor Prof. Dr. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva designou uma comissão especial de avaliação de conduta para apurar as denúncias. O grupo foi estabelecido nessa quinta-feira (17) e já iniciou os trabalhos, que inclui escutar os docentes e discentes a respeito dos fatos mencionados.


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