Jornal Estado de Minas

ASSÉDIO SEXUAL

Aluna denuncia assédio de professor contra uma amiga na PUC Minas


Uma aluna da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) denunciou, nessa quarta-feira (16/11), um caso de assédio envolvendo um professor e sua amiga, por meio de um perfil anônimo de estudantes da unidade Betim nas redes sociais. 





De acordo com a publicação, a estudante ficou sabendo do caso depois de vários semestres, quando a amiga contou que foi levada pelo professor para um lugar desconhecido e, por medo, teria engajado em relações sexuais com o docente. A vítima ainda teve receio de engravidar, já que o homem não usou preservativos.

A mensagem, no entanto, foi escrita com o intuito de alertar as estudantes sobre as violências que podem ser submetidas. A autora começa dizendo que é no final do semestre que os professores se aproveitam de alunas que estão desesperadas precisando de pontos, e então, denuncia o caso.

A aluna que faz a denúncia disse ter percebido o comportamento estranho da amiga, mas achava que era um estresse pela pressão em ser aprovada no fim do semestre. Ela reconhece que o caso, talvez, não seja levado à Justiça por já ter passado alguns anos, e no fim faz um apelo para que as colegas não caiam em assédios de professores oportunistas.




“Nunca, pelo amor de Deus, deixe quieto. Procure amigos, pais, o nupsi (Núcleo de Referência em Psicologia), qualquer coisa, mas não passem por isso. Um professor não pode te punir por rejeitar ele, e se fizer, procure seus direitos”, ela conclui. 

O que diz a PUC Minas

Também pelas redes sociais, a PUC Minas se manifestou dizendo estar atenta à mobilização dos alunos em função da denúncia. Porém, ressaltou que as graves suspeitas requerem a devida apuração e a sustentação por fatos.
A universidade reforça que situações como essa podem impactar a integridade moral das pessoas envolvidas e, por isso, deve cercar-se de todos os cuidados e protocolos institucionais para que não haja nem impunidade, nem condenações prévias.

Em nota enviada à imprensa, a PUC ainda informou que o reitor Prof. Dr. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva designou uma comissão especial de avaliação de conduta para apurar as denúncias. O grupo foi estabelecido nessa quinta-feira (17) e já iniciou os trabalhos, que inclui escutar os docentes e discentes a respeito dos fatos mencionados.