A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) criou, nessa quinta-feira (17/11), uma comissão para avaliar e apurar as recentes denúncias de assédio contra um professor. As queixas começaram a circular na última quarta-feira (16/11), em perfis anônimos de estudantes nas redes sociais.
Em nota, a PUC informou que o reitor Prof. Dr. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva, ciente das notícias que circulam na imprensa e nas redes sobre “uma suposta” ocorrência de conduta incompatível com a dignidade universitária, estabeleceu uma Comissão Especial de Avaliação de Conduta.
O grupo já iniciou os trabalhos e vai escutar os professores e alunos a respeito dos fatos revelados. A comissão terá o prazo de 10 dias para realizar as apurações e apresentar as conclusões.
Em uma primeira nota divulgada, também, pelas redes sociais, a universidade havia reforçado que a situação pode impactar a integridade moral das pessoas envolvidas, e por isso era necessário cercar-se de cuidado e protocolos institucionais para que não haja nem impunidade, nem condenações prévias.
Professor teria coagido estudante em troca de notas
A denúncia havia sido feita por uma estudante e divulgada em um perfil de troca de mensagens anônimas no Instagram, nessa quarta-feira (16/11). Na mensagem, ela conta o caso de uma amiga que foi coagida a ter relações sexuais com um professor da universidade em troca de notas no final do semestre.
Na publicação, a aluna informou que ficou sabendo do assédio muito tempo depois, mesmo percebendo a mudança de comportamento da amiga. A vítima ainda teve receio de engravidar, já que o homem não teria usado preservativos.
Ao final da denúncia, ela ainda faz um apelo para que as colegas não caiam na "lábia" de professores oportunistas e procurem algum tipo de suporte, como pais e amigos.
* Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.