A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na tarde deste domingo (20/11), a reconstituição do assassinato do motorista de reboque Anderson Cândido de Melo, morto pelo delegado Rafael Horácio, em 26 de junho deste ano, na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte.
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A viúva do motorista, Maria Regina de Jesus, e sua irmã, Neusa Maria, acompanharam a reconstituição. Na cabeça de Maria Regina, um só pensamento: “Queremos que seja feita justiça”.
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Para a realização da reconstituição, alguns pontos da Avenida do Contorno tiveram a pista reduzida, pois, segundo a defesa e o inquérito, o delegado alegou que tinha sido fechado, pelo menos duas vezes, pelo reboque.
Ao chegar ao Centro, o policial Rafael Horácio, que estava em um veículo descaracterizado da Polícia Civil, fechou o caminhão e disse ter se identificado, no entanto, o caminhoneiro teria jogado o veículo contra ele. Rafael teria feito um disparo, de alerta, mas acabou acertando a vítima, que chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.
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Uma testemunha diz que o motorista do carro vinho, no caso o delegado, parou o carro, desembarcou, deu aproximadamente três passos para o lado, sacou uma arma e efetuou um único disparo em direção ao para-brisa do caminhão reboque.
O resultado da reconstituição do crime será encaminhado à Justiça e anexada ao processo que tem o delegado Rafael Horácio como réu.
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