O Boletim Epidemiológico de COVID-19, divulgado nesta quinta-feira (24/11) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), revela que o estado registrou nas últimas 24 horas 3.901 novos casos da doença, além de 16 mortes. O dado corrobora com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que apontou um aumento considerável na circulação do vírus SARS-CoV-2, responsável pelo Coronavírus.
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Segundo Bernardes, esses dados trazem a expectativa de que, no fim de novembro e em dezembro, tenha-se um crescimento significativo na circulação do vírus, similar ao vivenciado em junho e julho de 2022, quando o índice chegou a 32,95% e 40,5% nos respectivos meses.
Boletim Infogripe
O monitoramento aponta que 15 estados apresentam sinal de crescimento em longo prazo. Os dados são referentes à semana epidemiológica 46 dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e compilados no Boletim Infogripe - da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- Alagoas - Prob. cresc. > 95%
- Bahia - Prob. cresc. > 95%
- Ceará - Prob. cresc. > 95%
- Distrito Federal - Prob. cresc. > 95%
- Goiás - Prob. cresc. > 95%
- Mato Grosso do Sul - Prob. cresc. > 95%
- Minas Gerais - Prob. cresc. > 75%
- Pará - Prob. cresc. > 75%
- Paraíba - Prob. cresc. > 95%
- Piauí - Prob. cresc. > 75%
- Rio Grande do Norte - Prob. cresc. > 75%
- Rio de Janeiro - Prob. cresc. > 95%
- Roraima - Prob. cresc. > 75%
- Santa Catarina - Prob. cresc. > 95%
- São Paulo - Prob. cresc. > 95%
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pode ser causada pela COVID-19. Portanto, essa tendência de crescimento vai ao encontro com a escalada de novos casos de coronavírus vivenciada nesse mês de novembro.
Variantes
O Lacen-MG/Funed pesquisou outros 11 vírus respiratórios e observou, para além do aumento de resultados detectáveis para SARS-CoV-2, que nove deles foram encontrados nesse mês. Em outubro, somente o vírus Influenza B não teve sua circulação comprovada pelos exames realizados no laboratório.
Nas amostras do SARS-CoV-2, o Lancen tem realizado o sequenciamento com resultados detectáveis para verificar se a variante que proporciona a alta seria alguma das recentemente descritas pela Rede Genômica (BQ.1 ou BE.9) ou se ocorre algum outro fenômeno em Minas Gerais.
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“Outro fator que nos desperta atenção é o retorno da circulação do vírus Influenza A – H1N1 que, após dois anos, foi identificado no Lacen-MG/Funed em quatro amostras de pacientes de áreas geográficas distantes de Minas Gerais (Diamantina, Ribeirão das Neves, Divinópolis e Ouro Branco). Atualmente, há baixas coberturas vacinais contra esse agente no Brasil”, explica André Bernardes.
Com informações da Funed
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda