Jornal Estado de Minas

RECONHECIMENTO

Jornalistas do Estado de Minas são finalistas no Prêmio Amagis

Dois jornalistas do Estado de Minas são finalistas na categoria “impresso” do Prêmio Amagis de Jornalismo 2022. A lista foi divulgada nesta quinta-feira (24/11) pela Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) – responsável pela iniciativa. A divulgação das colocações acontecerá na próxima quarta-feira (30/11) no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, às 19h, como parte da programação do Congresso da Magistratura Mineira.




 
Com a reportagem intitulada “Poder feminino no Judiciário avança, mas ainda é desafio”, a jornalista Mariana Costa mostrou que a participação das mulheres nos tribunais está abaixo dos 40%. 
 
Nesse sentido, a publicação traz à tona nomes de mulheres que despontam na cena deixando uma marca na história, como é o caso da ministra Rosa Weber, que se tornou a terceira mulher na presidência da mais alta Corte do país – o Supremo Tribunal Federal – criada em 1891.  

“Não devemos pensar apenas na ocupação desses espaços democráticos pelas mulheres, mas também no modo como os cargos são exercidos. É importante pensar que ter mais mulheres em cargos de poder e chefia significa maior adoção de perspectiva de gênero”, pontuou Ivana Farina, procuradora de Justiça, em entrevista à reportagem publicada em 5 de setembro. 
 
“A mancha da fome sobre o mapa de Minas”, diz o título da reportagem de Maicon Costa, veiculada em 15 de setembro, mostrando que, conforme dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil, mais da metade dos mineiros convivem com algum nível de insegurança alimentar, enquanto 8,2% deles – quase 2 milhões de pessoas – enfrentam sua forma mais grave: a fome.





Para além dos números, o jornalista traz relatos de quem enfrenta diariamente essa triste realidade, criando alternativas em meio ao caos. Os personagens na matéria de Maicon também são retratados pelas lentes de Gladyston Rodrigues. Um dos registros é da autônoma Vanessa Cristina Oliveira da Silva, de 40 anos, que mora com o marido e dois filhos no Bairro Granja de Freitas, na Região Leste da capital mineira. 

“Até então, eu que estava sustentando a casa. Sou pensionista, faço bico na padaria. Mas a situação apertou demais, e eu estava vivendo de doações. Está tudo muito caro. Já fiquei 15 dias sem gás. Ou comprava o gás ou o arroz com feijão”, confidenciou, na ocasião durante entrevista. 

Os trabalhos de Mariana e Maicon – assim como as reportagens de todos os jornalistas que submeteram seus trabalhos – foram avaliados por uma comissão julgadora formada pela desembargadora Lílian Maciel; pela juíza Daniela Cunha Pereira, diretora de Comunicação da Amagis; pelo jornalista Carlos Lindenberg e pela jornalista e professora da PUC Minas Viviane Maia.
 
Conforme a Associação dos Magistrados Mineiros, o prêmio visa “valorizar o jornalismo profissional em contraponto às fake news e estimular a produção de reportagens sobre a importância do Judiciário e da Magistratura para a sociedade”. 
 
Também concorrem trabalhos nas categorias Internet, Rádio, TV, Fotojornalismo e Interior.