O Boletim Epidemiológico de COVID-19, divulgado ontem pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), revela que o estado registrou nas 24 horas anteriores 3.901 novos casos da doença, além de 16 mortes.
O dado corrobora o levantamento da Fundação Ezequiel Dias (Funed), que apontou um aumento considerável na circulação do vírus SARS-CoV-2.
O dado corrobora o levantamento da Fundação Ezequiel Dias (Funed), que apontou um aumento considerável na circulação do vírus SARS-CoV-2.
As amostras detectáveis para o vírus analisadas pela Vigilância Laboratorial do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG/Funed) tiveram um salto percentual significativo do ponto de vista estatístico, passando de 1,73%, no mês de outubro, para 11,61%, nos dias recentes de novembro.
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Dados do boletim Infogripe demonstram que 15 estados apresentam sinal de crescimento na tendência em longo prazo. Os dados são referentes à semana epidemiológica 46 dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e compilados no Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Minas Gerais está entre eles, com probabilidade de crescimento superior a 75%. Em seis estados, essa probabilidade é de 95%: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pode ser causada pela COVID-19. Portanto, essa tendência de crescimento vai ao encontro com a escalada de novos casos de coronavírus vivenciada nesse mês de novembro.
VARIANTES
O Lacen-MG/Funed pesquisou outros 11 vírus respiratórios e observou, para além do aumento de resultados detectáveis para SARS-CoV-2, que nove deles foram encontrados nesse mês. Em outubro, somente o vírus Influenza B não teve sua circulação comprovada pelos exames realizados no laboratório.Nas amostras do SARS-CoV-2, o Lancen tem realizado o sequenciamento com resultados detectáveis para verificar se a variante que proporciona a alta seria alguma das recentemente descritas pela Rede Genômica (BQ.1 ou BE.9) ou se ocorre algum outro fenômeno em Minas Gerais.
Nesta semana, dois pacientes de Belo Horizonte testaram positivo para a subvariante BQ1.1 da Ômicron, que tem provocado uma nova onda de casos de COVID-19 em todo o mundo. As amostras foram analisadas pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os casos confirmados referem-se a um homem de 26 anos e a uma mulher de 24. Eles fizeram os testes entre 25 de outubro e 1º de novembro.
“Outro fator que nos desperta atenção é o retorno da circulação do vírus Influenza A – H1N1 que, após dois anos, foi identificado no Lacen-MG/Funed em quatro amostras de pacientes de áreas geográficas distantes de Minas Gerais (Diamantina, Ribeirão das Neves, Divinópolis e Ouro Branco). Atualmente, há baixas coberturas vacinais contra esse agente no Brasil”, explica André Bernardes.
* Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Rocha
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