Em 9 de agosto, 13 pessoas arroladas para depoimentos foram ouvidas nas audiências. Na ocasião, prestaram depoimentos um pastor, que foi colega de faculdade da vítima, em 2013, e se tornou amigo da família; um médico, que conduziu alguns tratamentos feitos por Lorenza; além de uma delegada e uma investigadora da Polícia Civil.
Ao fim da audiência de instrução e julgamento, o desembargador Wanderley Paiva autorizou a visita presencial dos filhos ao acusado.
Foro privilegiado
Por ser membro do Ministério Público, André Luís Garcia de Pinho tem foro privilegiado, ou seja, o julgamento será feito por desembargadores que compõem o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O colegiado é formado por 13 desembargadores mais antigos do TJMG e mais 12 desembargadores eleitos.
A defesa do promotor chegou a pedir para que ele fosse julgado pelo Tribunal do Júri. No entanto, a Justiça manteve o processo analisado por desembargadores, devido à prerrogativa da função de promotor. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também negou o pedido da defesa.
Relembre o caso
Lorenza Maria foi morta no dia 2 de abril de 2021, no apartamento onde morava com o então promotor André Luís Garcia de Pinho, no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte. O casal teve cinco filhos.
André Luís foi denunciado por feminicídio qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. O laudo do IML aponta que Lorenza foi envenenada. O corpo dela apresentava ainda lesões provocadas por estangulamento.