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Estado de Minas ESPÍRITO SANTO

Tragédia de Aracruz: Pesquisadora da UFMG está entre vítimas de ataque

Flávia Amboss Merçon Leonardo, de 38 anos, trabalhava na Escola Estadual Primo Bitti, a primeira instituição a ser atacada


27/11/2022 11:11 - atualizado 27/11/2022 11:28

Flávia Amboss, vítima ataque a escolas no Espirito Santo
Nos últimos cinco anos, Flávia pesquisou sobre as comunidades afetadas pelo desastre da mineradora Samarco (foto: Redes Sociais / Reprodução)
Uma pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está entre as vítimas do ataque a escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, ocorrido na última sexta-feira (25/11). Flávia Amboss Merçon Leonardo, de 38 anos, trabalhava na Escola Estadual Primo Bitti, a primeira a ser atacada. 
 
A informação foi confirmada por meio de uma nota de pesar publicada pelo Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG (Gesta-UFMG), na noite desse sábado (27/11). Na publicação o grupo afirmou que Flávia participou do programa nos últimos cinco anos pesquisando sobre as comunidades afetadas pelo desastre da mineradora Samarco, em novembro de 2015. 

“Foram anos de dedicação à pesquisa, da graduação ao doutorado, que, para além de refletir o desejo de saber, constituiu um compromisso político e ético de Flávia para com os pescadores artesanais e a vida dos afetados pela lama de Fundão na vila de Regência Augusta, no litoral do Espírito Santo”, escreveu os integrantes do Gesta-UFMG.
 
 
Flávia estava internada desde o dia do ataque no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na cidade de Serra, também no Espírito Santo. a morte dela foi confirmado pela  Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa).
 

Disparos 

Na sexta-feira (25/11), duas escolas do distrito de Coqueiral, localizado a 22 quilômetros do centro de Aracruz (ES) foram atacadas por um adolescente, de 16 anos. Professores e alunos das instituições Escola Estadual Primo Bitti e o Centro Educacional Praia de Coqueiral, que é particular, foram surpreendidos pelo atirador.

Além de Flávia, uma adolescente de 12 anos, e outras duas professoras ( Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48, e Cybelle Passos Bezerra, de 45) morreram.

A ação do adolescente de 16 anos suspeito de cometer os crimes teve início por volta das 9h30 e começou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores. 
 
 
Em seguida, o atirador entrou em um carro e foi até a segunda escola, Centro Educacional Praia de Coqueiral. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo outras vítimas.

O adolescente foi apreendido. Segundo a Polícia, ele usou duas armas de responsabilidade do pai, policial militar.
 


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