Minas Gerais registrou seis mortes, e 5.158 pessoas testaram para COVID-19, nas últimas 24 horas, conforme dados do boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES-MG), divulgado nesta terça-feira (29/11). Este é o maior número de casos confirmados da doença na última semana.
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No início deste mês, as amostras detectáveis para o vírus, analisadas pela Vigilância Laboratorial do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG/Funed), correspondeu a 11,61%, enquanto, em outubro, esse índice era de 1,73%.
Segundo André Felipe, referência técnica em vírus respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, era esperado que, no fim de novembro e em dezembro, a circulação do vírus fosse similar ao vivenciado em junho e julho de 2022, quando o crescimento chegou a 32,95% e 40,5%, nos respectivos meses.
Variante
O Lacen-MG/Funed pesquisou outros 11 vírus respiratórios e notou, além do aumento de resultados positivos para o coronavírus, que nove deles foram encontrados neste mês. Em outubro, apenas o vírus Influenza B não teve sua circulação comprovada pelos exames feitos no laboratório.
Além disso, nas amostras do SARS-CoV-2, o Lancen tem realizado o sequenciamento com resultados detectáveis para verificar se a variante que proporciona a alta seria alguma das recentemente descritas pela Rede Genômica, BQ.1 e BE.9 ou se ocorre algum outro fenômeno em Minas.
Aumento era esperado pelas autoridades de saúde mineiras
O crescimento da doença, até o fim de 2022, já era esperado pelas autoridades de saúde do estado, como o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti. Porém, para ele, a maior preocupação é a chegada do outono no próximo ano.
Segundo Baccheretti, o cenário atual não implicará em um aumento de internações por causa da vacinação. O maior objetivo da pasta é ampliar a imunização dos mineiros para evitar um aumento do contágio em 2023.
Ele ressaltou que a situação pode ficar mais complicada a partir de março, a exemplo do ocorrido no mesmo período deste ano, em que houve incidência, não somente de COVID, mas também de outras doenças respiratórias, como influenza e o vírus sincicial. Por isso, para Baccheretti, é importante que mineiros estejam com o esquema vacinal em dia até a chegada da época.
Vacinômetro
Conforme o vacinômetro de Minas desta terça, 88,34% da população já recebeu a primeira dose da vacina, enquanto 83,55% teve a segunda dose aplicada.
Já a terceira dose ou primeira dose de reforço foi tomada por 63,39% dos mineiros. Por fim, a quarta ou segunda dose de reforço foi recebida somente por 42,9% do público alvo.
A cobertura pediátrica, por sua vez, ainda está abaixo do esperado, já que somente 63,11% das crianças de 3 a 11 anos tomaram a primeira dose. A segunda dose foi aplicada em apenas 45,63% do público infantil.
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* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata