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Estado de Minas COVID-19

COVID-19: MG tem maior número de casos em 24 horas na última semana

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES-MG), mais de 5 mil pessoas testaram positivo para a doença


29/11/2022 13:20 - atualizado 29/11/2022 13:55

Na foto, mulheres caminham na região Central de BH
Desde o início da pandemia, o estado já contabilizou 3.917.323 casos, sendo que 3.798.835 foram recuperados (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Minas Gerais registrou seis mortes, e 5.158 pessoas testaram para COVID-19, nas últimas 24 horas, conforme dados do boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES-MG), divulgado nesta terça-feira (29/11). Este é o maior número de casos confirmados da doença na última semana. 

Desde o início da pandemia, o estado já contabilizou 3.917.323 casos, sendo que 3.798.835 pessoas foram recuperadas. Já o número de óbitos foi de 63.956, e 72% das vítimas tinha mais de 60 anos. 

O aumento de pessoas que testaram positivo para a COVID-19 confirma o levantamento da Fundação Ezequiel Dias (Funed), que apontou um aumento considerável na contaminação pelo vírus SARS-CoV-2. 

No início deste mês, as amostras detectáveis para o vírus, analisadas pela Vigilância Laboratorial do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG/Funed), correspondeu a 11,61%, enquanto, em outubro, esse índice era de 1,73%. 
Segundo André Felipe, referência técnica em vírus respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, era esperado que, no fim de novembro e em dezembro, a circulação do vírus fosse similar ao vivenciado em junho e julho de 2022, quando o crescimento chegou a 32,95% e 40,5%, nos respectivos meses. 

Variante

O Lacen-MG/Funed pesquisou outros 11 vírus respiratórios e notou, além do aumento de resultados positivos para o coronavírus, que nove deles foram encontrados neste mês. Em outubro, apenas o vírus Influenza B não teve sua circulação comprovada pelos exames feitos no laboratório.

Além disso, nas amostras do SARS-CoV-2, o Lancen tem realizado o sequenciamento com resultados detectáveis para verificar se a variante que proporciona a alta seria alguma das recentemente descritas pela Rede Genômica, BQ.1 e BE.9 ou se ocorre algum outro fenômeno em Minas. 

Aumento era esperado pelas autoridades de saúde mineiras

O crescimento da doença, até o fim de 2022, já era esperado pelas autoridades de saúde do estado, como o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti. Porém, para ele, a maior preocupação é a chegada do outono no próximo ano. 

Segundo Baccheretti, o cenário atual não implicará em um aumento de internações por causa da vacinação. O maior objetivo da pasta é ampliar a imunização dos mineiros para evitar um aumento do contágio em 2023. 
Ele ressaltou que a situação pode ficar mais complicada a partir de março, a exemplo do ocorrido no mesmo período deste ano, em que houve incidência, não somente de COVID, mas também de outras doenças respiratórias, como influenza e o vírus sincicial. Por isso, para Baccheretti, é importante que mineiros estejam com o esquema vacinal em dia até a chegada da época. 

Vacinômetro 

Conforme o vacinômetro de Minas desta terça, 88,34% da população já recebeu a primeira dose da vacina, enquanto 83,55% teve a segunda dose aplicada. 

Já a terceira dose ou primeira dose de reforço foi tomada por 63,39% dos mineiros. Por fim, a quarta ou segunda dose de reforço foi recebida somente por 42,9% do público alvo. 

cobertura pediátrica, por sua vez, ainda está abaixo do esperado, já que somente 63,11% das crianças de 3 a 11 anos tomaram a primeira dose. A segunda dose foi aplicada em apenas 45,63% do público infantil.
 

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* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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