Próximo de encerrar o exercício do ano de 2022, o orçamento das universidades federais sofreu novamente um bloqueio. Tal medida pode comprometer o funcionamento dessas instituições e impactar significativamente o orçamento de 2023.
No caso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o cenário é preocupante. O impacto desse corte no orçamento deve variar de R$ 7,6 milhões até R$ 10 milhões, caso a medida não seja revertida. Diante dessa situação, a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, a medida causou surpresa e que há uma movimentação para reverter o quadro negativo.
Leia Mais
Aulas em escola vandalizada em Contagem estão suspensas até quinta-feiraDefesa Civil alerta para pancadas de chuvas em Belo HorizonteCOVID: UFMG dá início aos testes clínicos de vacina 100% brasileiraUniversidade Federal de Uberlândia ameaça fechar por falta de verbasBH: casos de COVID crescem quase sete vezes na segunda metade de novembroOutros bloqueios
Em 2022, as universidades federais sofreram outros dois bloqueios orçamentários. Em maio, o primeiro bloqueio do ano, a Universidade Federal de Minas Gerais sofreu um corte definitivo de R$ 16 milhões em seu orçamento.
Já no início de outubro, a UFMG teve ameaçado 5,8% seu orçamento, cerca de R$ 12 milhões. No entanto, segundo Sandra Goulart, a instituição só conseguiu reaver o valor devido, "a intensa mobilização social e institucional de nossas comunidades em favor das universidades e institutos federais.”
Contudo, essas restrições no orçamento das universidade são bem mais antigas. “Nos últimos anos, nossos orçamentos têm sofrido reduções recorrentes. O orçamento da UFMG, previsto para 2022, já era insuficiente, sendo 7,43% inferior ao de 2020 e semelhante ao executado em 2008, anterior à expansão da nossa graduação”, disse a reitora.
Importância das universidades federais
Por fim, Sandra Goulart ressalta que este novo bloqueio acontece justamente no momento em que são iniciados os testes clínicos da Spin-TEC, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo CTVacinas da UFMG, que conta com tecnologia 100% brasileira.
"As universidades públicas formam pessoas, produzem mais de 90% da pesquisa no país e desenvolvem um trabalho inestimável junto à população. Esses cortes inaceitáveis impactam não apenas a instituição, mas principalmente nossa capacidade de atender as demandas da sociedade e do poder público em diversas áreas. É o futuro do país que está em jogo", finalizou a reitora.