Cinco policiais civis são investigados sob suspeita de envolvimento em esquema de facilitação para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O pagamento de propina chegava até R$10 mil.
Dois dos agentes públicos já estavam aposentados e atuavam na captação de clientes. “Identificamos um esquema bastante robusto e complexo, que envolvia todas as etapas do processo de obtenção e renovação da CNH”, explicou o promotor de justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Peterson Queiroz Araújo, em coletiva de imprensa.
O esquema para facilitar a aprovação era acertado com donos e instrutores de autoescolas, além de agenciadores de exames. Os policiais faziam a interface com o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). Ao todo, 25 pessoas são investigadas e podem ser indiciadas pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha. Até o momento, ninguém foi preso.
Na operação, realizada na manhã desta quinta-feira (1/12), foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão na casa dos envolvidos e também em cinco autoescolas da Região Metropoliana de Belo Horizonte. Foram encontrados celulares, computadores e R$50 mil em dinheiro.
Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Betim, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Divinópolis e Itaobim. “O próximo passo é a análise do material apreendido para medidas futuras”, explica o promotor.
As investigações tiveram início há cerca de dois anos durante uma operação de combate ao tráfico de drogas. Segundo o promotor, os clientes da fraude eram pessoas não capacitadas para a obtenção do documento, como portadores de doenças que poderiam comprometer a direção.
"Por exemplo, indivíduos com visão em apenas um dos olhos. Até mesmo pessoas que não queriam fazer a prova de legislação, por achar difícil", detalha Araújo. Ele explica que a fraude acontecia em todas as etapas de obtenção da carteira, mas o documento em si era legítimo.
Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Betim, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Divinópolis e Itaobim. “O próximo passo é a análise do material apreendido para medidas futuras”, explica o promotor.
Carteira legítima
As investigações tiveram início há cerca de dois anos durante uma operação de combate ao tráfico de drogas. Segundo o promotor, os clientes da fraude eram pessoas não capacitadas para a obtenção do documento, como portadores de doenças que poderiam comprometer a direção.
"Por exemplo, indivíduos com visão em apenas um dos olhos. Até mesmo pessoas que não queriam fazer a prova de legislação, por achar difícil", detalha Araújo. Ele explica que a fraude acontecia em todas as etapas de obtenção da carteira, mas o documento em si era legítimo.
A emissão completa da CNH, desde a prova de legislação até exame de direção, custava em torno de R$8 a R$10 mil. No caso de fraudes avulsas, como a renovação de CNH e exames médicos, o grupo cobrava em torno de R$ 3 mil.
A investigação também apontou pelo menos 40 acidentes envolvendo condutores que pagaram propina para ter o processo de obtenção da CNH facilitado. Entre eles, uma ocorrência em Belo Horizonte, em que a passageira de um ônibus teve a perna amputada.
Na avaliação da porta-voz da Polícia Militar (PM), major Layla Brunella, a operação também vai trazer resultados positivos na atuação da corporação. "Uma pessoa inapta, que não tem condições de dirigir, está mais propensa a causar acidentes. É um processo que trará consequências positivas na manutenção da segurança no trânsito", declara.
Os trabalhos foram realizados pelo MPMG em conjunto com as polícias Civil e Militar de Minas Gerais.
Acidentes
A investigação também apontou pelo menos 40 acidentes envolvendo condutores que pagaram propina para ter o processo de obtenção da CNH facilitado. Entre eles, uma ocorrência em Belo Horizonte, em que a passageira de um ônibus teve a perna amputada.
Na avaliação da porta-voz da Polícia Militar (PM), major Layla Brunella, a operação também vai trazer resultados positivos na atuação da corporação. "Uma pessoa inapta, que não tem condições de dirigir, está mais propensa a causar acidentes. É um processo que trará consequências positivas na manutenção da segurança no trânsito", declara.
Os trabalhos foram realizados pelo MPMG em conjunto com as polícias Civil e Militar de Minas Gerais.