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Estado de Minas VÍTIMA DE ARACRUZ

Flávia Amboss, vítima do atentado de Aracruz, é homenageada na UFMG

Uma missa de sétimo dia e ato pela memória da professora foi realizado na Pampulha, no prédio onde ela fez doutorado em antropologia, entre 2017 e 2022


02/12/2022 17:21 - atualizado 02/12/2022 17:58

Arena da FAFICH, na UFMG, mesa ao centro, decorada com balões brancos e foto de Flávia
Flávia pesquisou, durante o doutroado na UFMG, os efeitos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, nas comunidades ribeirinhas do Espirito Santo (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Uma homenagem à professora Flávia Amboss Mercon, vítima do atentado contra escolas em Aracruz, no Espírito Santo, foi realizado na manhã desta quinta-feira (2/12), no campus Pampulha, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Flávia fez doutorado em antropologia na instituição e defendeu a tese ainda neste ano, em abril, após cinco anos morando em Belo Horizonte.

Segundo os organizadores, a homenagem foi uma missa de sétimo dia e um ato pela memória da vida, luta e trabalho de Flávia. Participaram membros do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG (Gesta-UFMG), do qual Flávia fez parte, professores, alunos e amigos.
 
 

“Foi um espaço para nos abraçarmos e chorarmos essa perda, mas também um ato para dizer para a sociedade brasileira que isso não é admissível, que há um perigo nos rondando, uma ameaça, e essa ameaça tem que ser nomeada como atos terroristas, praticados por extremistas de direita, que são supremacistas, racistas e misóginos, encorajados por um clima generalizado de ódio”, declarou Andrea Zhouri, uma das organizadoras da homenagem. 

Doutorado na UFMG

Andrea Zhouri, de 60 anos, foi orientadora de doutorado de Flávia. A professora titular do Departamento de Antropologia conta que a aluna chegou do Espírito Santo em 2017 e se envolveu muito bem com os membros do grupo. “Ela era uma pessoa muito amável, carinhosa, meiga, e, ao mesmo tempo, muito firme em seus propósitos”, destacou.

Flávia pesquisava os efeitos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, nas comunidades ribeirinhas do Espírito Santo — que foram duramente afetadas pela poluição do Rio Doce. Essa era o tema de sua pesquisa, mas também um compromisso ético e político que ela incorporava no conjunto de sua vida, segundo Andrea.
 
* Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie. 
 



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