O Procon de Minas Gerais multou a Porto Valência Comércio Internacional LTDA. em R$ 46 mil por fornecer azeite de oliva impróprio para consumo. De acordo com o órgão, a empresa não atendeu a instrução normativa 01/2012, do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A lei estabelece critérios para que um produto seja considerado azeite de oliva ou não.
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Ainda de acordo com o Procon, a Porto Valência foi notificada para apresentação de defesa, mas não se manifestou. A reportagem entrou em contato com a fornecedora, pelo telefone, sem sucesso.
Azeite falsificado
Essa não é o primeiro episódio envolvendo a marca Conde de Torres. Em 2020, a fabricante do azeite já havia sido proibida pelo Mapa de comercializar o produto por, na ocasião, vender óleo de soja no lugar de azeite.
“A adulteração e falsificação de azeite de oliva não se trata exclusivamente de fraude ao consumidor, mas de crime contra a saúde pública”, declarou o coordenador-geral de Qualidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Hugo Caruso na época.
O Mapa é um instituto responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor, como a produção de alimentos.
As instruções normativas servem para regularizar a categorizar produtos. No caso do azeite de oliva extra virgem, a norma estabelece, por exemplo, que para que o produto seja comercializado de forma regularizada como “azeite”, ele deve ter sido “obtido somente do fruto da oliveira (Olea europaea L.) excluído todo e qualquer óleo obtido pelo uso de solvente, por processo de reesterificação ou pela mistura com outros óleos, independentemente de suas proporções. ”
Em 2020, a proibição partiu de desdobramentos de uma operação da Polícia Civil do Espírito Santo, que descobriu que azeites adulterados era comercializados na Grande Vitória e no interior do estado. Também havia informações de que os produtos eram enviados para outros estados. Segundo a PCES, a fornecedora misturava o óleo, colocavam em garrafas e vendiam como se fosse um “azeite” mais caro.