A Justiça do Trabalho de Minas Gerais condenou um supermercado por coagir um motorista responsável pelas entregas do local a se demitir, após ser acusado falsamente de ter furtado quatro garrafas de cerveja.
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O motorista trouxe uma testemunha ao tribunal, que argumentou confirmou sua versão. Segundo a testemunha, no dia em que o funcionário saiu da empresa, o gerente comunicou “à turma” que o motivo teria sido o furto de quatro garrafas de cerveja e que, por isso, ele não teria direito a nada.
Ainda de acordo com o relato, o gerente disse ainda que a empresa deu chance para o empregado “pedir conta ou seria mandado embora sem nenhum direito”. Isso ocorreu também com o ajudante. A testemunha disse que não estava no grupo de trabalhadores que se reuniu com o gerente, mas, quando chegou para trabalhar no turno da noite, os colegas comentaram o ocorrido.
Diante disso, a desembargadora Maria Cecília Alves Pinto entendeu que houve abuso de poder do supermercado, por atribuir ao funcionário a responsabilidade de um crime, além de “noticiar” aos outros funcionários sobre a ação.
“O procedimento adotado pelo empregador não se pautou em critérios de adequação e razoabilidade, causando constrangimentos inadmissíveis ao empregado que foi forçado a pedir demissão”, disse a magistrada.