Jornal Estado de Minas

SAÚDE

Minas tem 742 cidades com risco de volta de doenças preveníveis com vacina


As sucessivas quedas nos índices de alcance da vacinação infantil ameaçam trazer de volta doenças já erradicadas. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 742 dos 854 municípios mineiros estão com "alto risco" de reintrodução de doenças evitáveis com a vacinação.



Esse é o caso da poliomielite, que atingiu apenas 84,30% do público estimado. A campanha foi prorrogada duas vezes neste ano e, mesmo assim, não teve a adesão mínima esperada de 95%. Desde 2017, o estado não atinge a meta de cobertura.

Também conhecida como paralisia infantil, a doença, que afeta especialmente crianças de até 5 anos, está erradicada há quase três décadas no Brasil. Em Minas Gerais, o último registro de poliomielite é de 1985.

Cobertura vacinal


O último ano em que a cobertura contra pólio país atingiu a meta indicada para o controle da doença no país foi em 2015.



De lá pra cá, a porcentagem de crianças vacinadas no Brasil caiu consideravelmente. No ano passado, por exemplo, a imunização contra a doença foi de apenas 67,1%.

O esquema vacinal contra a poliomielite inclui as três primeiras doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, por injeção.

As famosas gotinhas (vacina oral bivalente) fazem parte da caderneta de reforço da proteção, administrada quando a criança completa 1 ano e 3 meses (15 meses) e, depois, aos 4 anos.

Sarampo


O sarampo é outra doença que voltou a preocupar as autoridades. Com a baixa cobertura vacinal, o vírus voltou a circular, causando mortes até em adultos.

De janeiro a junho de 2022, a cobertura da primeira dose da tríplice viral em Minas, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, foi de 74,44% e, da segunda dose, 53,95%. A meta também é de 95%.

Sem a adesão mínima, o estado entra em uma posição vulnerável.