A Fase II da Operação Glyphosate, no combate a crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, desencadeada pela Polícia Federal, cumpriu 13 mandados de sequestro de bens, 10 intimações e indiciamentos e oito mandados de busca e apreensão. A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (8/12), em Montes Claros e Ipatinga, ambas em Minas Gerais, e em Brasília. No total, R$ 248.266 em bens móveis foram apreendidos.
A primeira fase ocorreu em 17 de novembro. Os mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e valores, as intimações e indiciamento foram determinados pela 3ª Vara Criminal da SSJ de Belo Horizonte.
As fraudes foram detectadas a partir do financiamentos do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que é custeada com recursos federais com taxa de juros subsidiada.
As investigações revelaram que, com anuência de gerentes do Banco do Brasil, foram liberados cerca de R$ 200 milhões em empréstimos do programa para um grupo de empresários, profissionais liberais e servidores públicos.
Os valores captados eram direcionados para a plantação de eucalipto e, contrariando as regras do financiamento e a vedação legal, desviavam o recurso para outros investimentos e bens, inclusive utilizando de pessoas interpostas para ocultar a origem do dinheiro.
Além dos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, foi constatado crime de falsificação de documento e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
Houve também apreensão em uma loja de material de acabamento de construção em Montes Claros, que seria de propriedade de um dos investigados, um ex-funcionário do Banco do Brasil. Foram apreendidos carros de luxo e outros bens.