Jornal Estado de Minas

SEM PREVISÃO

Um mês depois de temporal que destruiu UPA, Uberaba ainda faz orçamentos

 
Um mês depois do temporal que destruiu a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parque do Mirante, a Prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, informou que ainda realiza o orçamento da reforma do local. Além disso, conforme o Executivo, não há previsão para o início das obras.




 
No tarde do dia 8 de novembro, um temporal de granizo destruiu várias partes do telhado da UPA Parque do Mirante, além de equipamentos e objetos. Pacientes precisaram ser transferidos para outros hospitais da cidade. Desde então, o local continua totalmente interditado.
 
Leia: Chuva de granizo deixa rastro de destruição em Uberaba 
 

Demora nos atendimentos

 
Segundo informações divulgadas pela Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), que administra as duas UPAs de Uberaba, comparando os primeiros seis dias do mês de novembro com o mesmo período de dezembro, houve um aumento de 59% nos atendimentos a pacientes.
 
Por outro lado, de acordo com um ex-funcionário da UPA São Benedito, que prefere não se identificar, o aumento do movimento no local foi de 80%, sendo que também é impulsionado pelo crescimento de casos da COVID-19.




 
“O pessoal com quem trabalhei me conta que o aumento de tempo de espera na UPA São Benedito está ocorrendo mais com pacientes de síndromes gripais. Fiquei sabendo de algumas denúncias, uma delas de familiares de uma idosa que aguardou mais de sete horas para ser atendida”, contou.
 
A Secretaria de Saúde de Uberaba informou que nesse momento os profissionais que atuavam na UPA do Parque Mirante foram transferidos para a UPA São Benedito e Centro de Ortopedia e Trauma (COT), que funciona no Hospital Regional José Alencar.
 

Situação de emergência

 
A Prefeitura de Uberaba determinou em 9 de novembro situação de emergência nas áreas que foram atingidas pelo temporal de granizo.




 
O decreto dispensa a prefeitura da exigência de abertura de licitações para realizar contratações para fornecimento de bens e serviços necessários às atividades de resposta e à execução das obras para reabilitação dos lugares atingidos pela chuva.
 
Segundo informações do decreto, que tem validade por 180 dias, os principais estragos causados pela chuva de granizo foram em grande parte do telhado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Mirante, que precisou ser interditada pela Defesa Civil; na torre de telefonia do Samu, que caiu e danificou duas unidades de resgate, na UBS Aparecida Conceição (Abadia), onde computadores tiveram danos elétricos, em várias unidades de saúde, que tiveram suas coberturas e telhas danificadas, e no Centro Administrativo da Prefeitura, que teve equipamentos danificados e queda de árvores.