Joia mineira dos tempos coloniais reconhecida como Patrimônio Mundial, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, recebe, nesta sexta-feira (9/12), às 10h, dois espaços públicos totalmente requalificados. São eles o Largo Dom João e a Praça Sagrado Coração de Jesus, ambos no Centro Histórico da cidade, distante 292 quilômetros de Belo Horizonte. Conforme o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foram investidos R$ 8,4 milhões próprios da autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.
De acordo com informações divulgadas pela superintendência do Iphan em Minas, a revitalização da Praça do Sagrado Coração de Jesus e Largo Dom João cria grande área de lazer com novos pisos, jardins e acessibilidade, melhoria do sistema viário e valorização cênica da antiga estação ferroviária e do conjunto arquitetônico da Basílica do Sagrado Coração e Seminário Arquidiocesano. A readequação da área, unificando os dois espaços, visa oferecer mais qualidade de vida para os moradores e a melhoria da ambiência urbana.
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Débora França destaca que não havia até agora, em Diamantina, um local apropriado para realização de grandes eventos e para a comunidade se apropriar. “Essa reforma vem para isso, e mostra a preocupação do Iphan em extrapolar os centros históricos tombados, uma vez que o local está na área de entorno do tombamento”, acrescenta a superintendente.
Preservação
O Largo Dom João e a Praça Sagrado Coração de Jesus estão localizados em área de preservação complementar ao conjunto urbanístico e arquitetônico de Diamantina. A obra de requalificação urbanística é parte de uma série de investimentos e ações conduzidas pelo Iphan na cidade, que incluiu também a requalificação da Praça JK e a restauração do Casarão dos Orlandi.
O conjunto de Diamantina foi tombado pelo Iphan em 1938 e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como Patrimônio Mundial, em 1999. A cidade chegou a ser, ainda no século 18, o maior centro de extração de diamantes do mundo, o que refletiu na sua evolução e formação do espaço urbano, emoldurado pela Serra dos Cristais. Ainda hoje seu Centro Histórico se encontra bastante preservado, com monumentos e marcos significativos da passagem do tempo – desde os primeiros anos de ocupação até as obras do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) no século 20.