Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomou o julgamento e aumentou a pena, de 14 para 16 anos, de Luciano Farah e do ex-policial militar Edson Nogueira, responsáveis pelo assassinato de Anderson de Carvalho no Bairro Chácaras Campestre, em Contagem, na Região Metropolitana de BH.
A vítima foi morta com 16 tiros, em 15 de janeiro de 2002, após ser acusada de assaltar e roubar R$ 390 de um posto de combustíveis de Farah. O empresário e o ex-policial, que seria segurança do mandatário, foram condenados em 2016, mas a pedido da defesa, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) anulou o processo.
O ministério público (MPMG) recorreu da decisão no STJ, que reconheceu a validade do julgamento e autorizou a análise dos argumentos apresentados para aumentar as penas dos criminosos.
Na última terça-feira (6/12), a 2ª Câmara Criminal do TJMG retomou o julgamento, mantendo a condenação da dupla e aumentando a pena dos réus.
Dupla assassinou promotor de Justiça
Dez dias depois de matar Anderson, Farah e Edson, também, assinaram o promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo, conhecido como Chico Lins. Pelo crime, a dupla foi condenada em 2004 pelo Tribunal do Júri, o julgamento chegou a ser anulado, mas em 2009 eles foram condenados novamente a penas de 21 e 23 anos de prisão.
O membro do MPMG estava à frente de uma força-tarefa que investigava a máfia dos combustíveis, que era composta por donos de postos que tinham esquemas de fraude na composição química da gasolina e sonegar impostos.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira