A greve dos metroviários lotou as estações de ônibus na manhã desta quarta-feira (14/12). Quem usa o transporte diariamente precisou se programar para chegar ao trabalho sem se atrasar.
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Segundo o guarda da BHTrans na Estação, o aumento de passageiros foi notado, mas nenhum ônibus saiu do ponto com superlotação. A frota de veículos também foi reforçada para atender os passageiros.
Greve
Os metroviários não aceitam a concessão do serviço e tentam barrar o leilão marcado para 22 de dezembro, na B3, em São Paulo (SP). Conforme o presidente do Sindimetro, Daniel Glória, a interrupção do serviço foi decidida durante assembleia na segunda-feira (12/12).
Com a greve, a linha emergencial E019 volta a rodar com horários entre 5h30 e 23h. Os ônibus partem da Estação Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana, com destino a Belo Horizonte.
A linha, conforme anunciado pelo Sistema de Transporte Coletivo Metropolitano (Sintram), irá circular até o término da paralisação do metrô. O embarque será realizado na plataforma A3.
Privatização
O edital rejeitado pelos metroviários prevê a privatização da CBTU no estado. O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação.
Com isso, a categoria questiona o preço fixado pelo governo no lance inicial em R$ 19,3 milhões. “Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana”, avalia Daniel.