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Estado de Minas BELO HORIZONTE

Greve do metrô: pontos de ônibus ficam lotados no 1º dia de paralisação

Metroviários de BH iniciaram a paralisação total nesta quarta-feira (14/12) por tempo indeterminado


14/12/2022 08:04 - atualizado 14/12/2022 08:23

ônibus lotado
Os ônibus estão saindo lotados devido a grande demanda. (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
A greve dos metroviários lotou as estações de ônibus na manhã desta quarta-feira (14/12). Quem usa o transporte diariamente precisou se programar para chegar ao trabalho sem se atrasar.



“Está bem mais complicado hoje. Eu pego ônibus todos os dias, mas a minha filha usa o metrô. Ela pega serviço às 7h lá no Horto. Hoje ela saiu às 5h para pegar três ônibus e chegar ao trabalho. Vai ter que ir para o centro e, de lá, ir para o Horto. Ela já estava sabendo da greve, então conseguiu se programar antes”. 
 
Vera Lúcia, doméstica de 68 anos
Vera Lúcia, doméstica de 68 anos, enfrenta dificuldades para chegar ao trabalho. (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 

Segundo o guarda da BHTrans na Estação, o aumento de passageiros foi notado, mas nenhum ônibus saiu do ponto com superlotação. A frota de veículos também foi reforçada para atender os passageiros. 

Greve 


Os metroviários não aceitam a concessão do serviço e tentam barrar o leilão marcado para 22 de dezembro, na B3, em São Paulo (SP). Conforme o presidente do Sindimetro, Daniel Glória, a interrupção do serviço foi decidida durante assembleia na segunda-feira (12/12).

Com a greve, a linha emergencial E019 volta a rodar com horários entre 5h30 e 23h. Os ônibus partem da Estação Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana, com destino a Belo Horizonte.

A linha, conforme anunciado pelo Sistema de Transporte Coletivo Metropolitano (Sintram), irá circular até o término da paralisação do metrô. O embarque será realizado na plataforma A3.

Privatização 


O edital rejeitado pelos metroviários prevê a privatização da CBTU no estado. O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação. 

Com isso, a categoria questiona o preço fixado pelo governo no lance inicial em R$ 19,3 milhões. “Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana”, avalia Daniel. 


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