O valor mínimo do leilão da privatização foi fixado em R$ 19,3 milhões. Mas, o investimento projetado, ao longo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação.
Outros problemas
A categoria argumenta ainda que caso o metrô seja vendido, a passagem vai ficar mais cara. “Está previsto um reajuste para março de 2023. É um aumento sem necessariamente ter nem um centímetro de linha de trem construído”, disse o presidente o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Daniel Glória.
Sobre a expansão do alcance do metrô, Glória argumenta que os possíveis participantes do leilão ainda não se manifestaram se há interesse em aumentar a malha rodoviária para outras regiões de BH. Além disso, ele disse que o Sindmetro não foi autorizado a participar da sala de exposição no dia do leilão.
O sindicalista ainda reforça a preocupação com os direitos trabalhistas dos metroviários após a concessão. “Pode haver um desligamento dos empregados aposentados, e um empobrecimento da mão de obra, porque esses aposentados são engenheiros, técnicos, funcionários de longa data; com experiências que o mercado externo ao metrô não tem”.
O que diz a CBTU
A Companhia de Trens Urbanos (CBTU) entrou com ação no Tribunal Regional do Trabalho, solicitando à Justiça a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos na cidade.