Jornal Estado de Minas

SEM RECURSOS

Crise financeira pode fechar unidade do Hospital São Francisco em BH


A crise financeira que afeta a Fundação Hospitalar São Francisco de Assis pode levar a unidade do Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, responsável por atender pacientes ortopédicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a fechar. 





A fim de solucionar o problema ou tentar atenuar a situação, a fundação esclareceu que “tem feito tentativas de renegociação para aumento dos repasses  há mais de um ano, com a demonstração dos prejuízos mensais.”


Foi feito um estudo de viabilidade, que indicou que, se não houver a cobertura total do valor necessário, a desativação da unidade, com a transferência de alguns leitos para a unidade do bairro Concórdia, diminuirá a necessidade do reforço de orçamento e chegará a um patamar aceitável para melhor equilíbrio das contas e sobrevivência de toda a Fundação.


Entretanto, os Conselhos e as Superintendências da instituição ainda consideram que é melhor priorizar os esforços para a manutenção de todas as suas unidades sem a necessidade de fechamento dos leitos.


A instituição alega ter procurado entidades públicas para auxílio. Segundo a direção, "a SMSA-BH (Secretaria de Saúde de BH) informou anteriormente que disponibilizaria o valor de R$ 2 milhões para ajudar no déficit de caixa, em duas parcelas, a serem pagas em novembro e dezembro, mas nos comunicou nesses últimos dias que não poderia cumprir com esse compromisso."






A reportagem procurou a secretaria e aguarda um retorno.


Problemas também na Maternidade Santa Fé 


A Maternidade Santa Fé, localizada na região Leste de BH, está com os atendimentos de urgência suspensos desde o dia 29 de novembro. De acordo com os funcionários, faltam insumos na unidade de saúde


No dia 30 de novembro, a unidade deixou de ser gerida por uma instituição filantrópica que arrendou o local há pouco mais de um ano. Devido ao encerramento do contrato de gestão, os profissionais da unidade protestaram na frente do hospital no dia 1° de dezembro, reivindicando depósito de vale-alimentação, convênio de saúde e vale-transporte.


Em nota, a Pró-Saúde, ex-gestora, disse que o contrato foi encerrado pois “não houve a sinergia necessária entre a entidade filantrópica e o conselho diretor da maternidade”.


Em contrapartida, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de BH e Região (Sindeess) informou que a diretoria médica da Santa Fé vinha enfrentando problemas com a gestão da Pró-Saúde há dois meses, e que até o aluguel do prédio onde funciona a maternidade está em atraso.