O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) enviou uma carta ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo a suspensão imediata do leilão de concessão do metrô de Belo Horizonte, marcado para a próxima quinta-feira (22/12). O texto foi enviado após a Justiça Federal negar um pedido do PT para que a privatização fosse barrada.
Segundo os representantes da categoria, o processo de concessão dos trens possui “várias inconsistências”, sendo uma delas o preço oferecido pelo serviço, que, conforme o sindicato, seria inferior ao dos vagões adquiridos em 2012.
Os metroviários relembram, também, que o Tribunal de Contas do Estado de Minas (TCE-MG), já havia recomendado ao Governo de Minas a paralisação do leilão devido à existência de riscos fiscais e financeiros.
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Para embasar o pedido a Lula e sua equipe de transição de governo, o Sindimetro relembrou promessas do então candidato durante comícios por Minas Gerais. Entre elas, a categoria enfatizou a fala do petista de que o metrô de BH não seria privatizado.
“A categoria decidiu por chamar a greve geral, a partir de 14/12/2022, por tempo indeterminado, porque não estamos vendo, até o momento, pela equipe do Governo e a equipe de transição nenhum posicionamento efetivo acerca do cancelamento do leilão da CBTU/MG Ainda, em campanha eleitoral feita em Ribeirão das Neves/MG, Lula prometeu ‘não privatizar o metrô’!”.
Greve
Os metroviários de BH iniciaram paralisação geral, por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (14/12). De acordo com o Sindmetro, a categoria não aceita a concessão do serviço.
Com a greve, a linha emergencial E019 voltou a rodar com horários entre 5h30 e 23h. Os ônibus partem da Estação Eldorado, em Contagem, com destino a Belo Horizonte.
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Nesta manhã, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) concedeu liminar à Companhia de Trens Urbanos (CBTU) e determinou funcionamento de escala mínima do metrô enquanto durar a greve, sob multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.