Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, foram os responsáveis pelos atos de vandalismo na Escola Municipal José Silvino Diniz, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A instituição foi invadida em 29 de novembro durante a madrugada e pichada com frases e símbolos nazistas.
Os jovens planejaram o ato por se sentirem perseguidos pela escola. "Eram alunos com um comportamento complicado, tinham algumas repreensões na ficha escolar. Eles alegaram que fizeram porque se sentiam perseguidos pela escola", conta o delegado Leandro de Oliveira Silva, chefe da investigação.
O vandalismo foi planejado pelos quatro estudantes por meio de mensagens nas redes sociais. No dia, apenas três deles participaram do ato. Eles são alunos da Escola Municipal Professora Maria Martins, que também foi vandalizada por eles no mesmo dia, e um deles da Escola Municipal José Silvino Diniz.
Os estudantes, no entanto, disseram que não planejavam nenhum ataque violento contra professores ou alunos. Uma das mensagens deixadas na parede da escola citava a diretora da instituição: "Me humilha mais, diretora", dizia. "A ideia era só chamar a atenção da escola pelo fato de estarem sendo perseguidos", disse o delegado.
Essa, inclusive, seria a razão para as pichações com referências neonazistas deixadas nas paredes da escola. "Eles falavam o tempo todo que só queriam assustar, dar um susto na comunidade local", relata Silva. Os crimes, segundo o delegado, foram planejados por cerca de 15 dias.
O ato seria inspirado em um jogo de video game que estabelece uma série de desafios, entre eles o vandalismo. Um dos adolescentes confessou a referência. "Ele disse que se sentiu representado pelo personagem, já que ele também era perseguido na escola", disse o delegado.
Sobre o vídeo de uma arma publicado pelos adolescentes nas redes sociais, o delegado disse se tratar de uma réplica. Os adolescentes não foram apreendidos e os responsáveis também não foram penalizados.
Os autos da investigação serão encaminhados para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Eles podem responder pelo crime de danos ao patrimônio público e também por apologia ao nazismo, previsto na Lei do racismo.
"À Polícia Civil cabe esclarecer os fatos e encaminhar à Justiça, então, fica muito difícil a gente dizer aqui qual é o tipo de pena a ser aplicada a esses menores", complementa o delegado César Moreira, chefe do departamento de Contagem.
O delegado também faz um alerta aos pais para monitorar o uso de redes sociais dos filhos. "A gente orienta que crianças e adolescentes tenham uso controlado do celular. Os pais precisam acompanhar os filhos e saber com segurança o que estão fazendo nesse ambiente on-line", destaca.
A Escola Municipal José Silvino Diniz foi invadida durante a madrugada e vandalizada. Vidros de janelas e carteiras foram quebrados, vasos de plantas revirados, pichações de suástica, o maior símbolo do nazismo, e o nome do Hitler foram feitas nas paredes da escola.
Uma exposição realizada pelos alunos para o Dia da Consciência Negra foi destruída.
No mesmo dia, outra escola na região também foi invadida na madrugada. A Escola Municipal Professora Maria Martins, conhecida como "Mariazinha", que fica a menos de 6 km da Escola Municipal José Silvino Diniz, teve vidros e câmeras quebrados. Não foram encontradas referências neozasistas na unidade.
Os jovens planejaram o ato por se sentirem perseguidos pela escola. "Eram alunos com um comportamento complicado, tinham algumas repreensões na ficha escolar. Eles alegaram que fizeram porque se sentiam perseguidos pela escola", conta o delegado Leandro de Oliveira Silva, chefe da investigação.
O vandalismo foi planejado pelos quatro estudantes por meio de mensagens nas redes sociais. No dia, apenas três deles participaram do ato. Eles são alunos da Escola Municipal Professora Maria Martins, que também foi vandalizada por eles no mesmo dia, e um deles da Escola Municipal José Silvino Diniz.
Os estudantes, no entanto, disseram que não planejavam nenhum ataque violento contra professores ou alunos. Uma das mensagens deixadas na parede da escola citava a diretora da instituição: "Me humilha mais, diretora", dizia. "A ideia era só chamar a atenção da escola pelo fato de estarem sendo perseguidos", disse o delegado.
Essa, inclusive, seria a razão para as pichações com referências neonazistas deixadas nas paredes da escola. "Eles falavam o tempo todo que só queriam assustar, dar um susto na comunidade local", relata Silva. Os crimes, segundo o delegado, foram planejados por cerca de 15 dias.
Jogo foi inspiração
O ato seria inspirado em um jogo de video game que estabelece uma série de desafios, entre eles o vandalismo. Um dos adolescentes confessou a referência. "Ele disse que se sentiu representado pelo personagem, já que ele também era perseguido na escola", disse o delegado.
Sobre o vídeo de uma arma publicado pelos adolescentes nas redes sociais, o delegado disse se tratar de uma réplica. Os adolescentes não foram apreendidos e os responsáveis também não foram penalizados.
Os autos da investigação serão encaminhados para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Eles podem responder pelo crime de danos ao patrimônio público e também por apologia ao nazismo, previsto na Lei do racismo.
"À Polícia Civil cabe esclarecer os fatos e encaminhar à Justiça, então, fica muito difícil a gente dizer aqui qual é o tipo de pena a ser aplicada a esses menores", complementa o delegado César Moreira, chefe do departamento de Contagem.
O delegado também faz um alerta aos pais para monitorar o uso de redes sociais dos filhos. "A gente orienta que crianças e adolescentes tenham uso controlado do celular. Os pais precisam acompanhar os filhos e saber com segurança o que estão fazendo nesse ambiente on-line", destaca.
Relembre o caso
A Escola Municipal José Silvino Diniz foi invadida durante a madrugada e vandalizada. Vidros de janelas e carteiras foram quebrados, vasos de plantas revirados, pichações de suástica, o maior símbolo do nazismo, e o nome do Hitler foram feitas nas paredes da escola.
Uma exposição realizada pelos alunos para o Dia da Consciência Negra foi destruída.
No mesmo dia, outra escola na região também foi invadida na madrugada. A Escola Municipal Professora Maria Martins, conhecida como "Mariazinha", que fica a menos de 6 km da Escola Municipal José Silvino Diniz, teve vidros e câmeras quebrados. Não foram encontradas referências neozasistas na unidade.