
A vítima relatou aos policiais que trabalhava como auxiliar de cozinha de um hospital da cidade. O contrato terminou no dia 25 de outubro e a dona do imóvel em que morava a chamou para conversar sobre uma proposta de emprego em Miracema. Pelo telefone, a mulher disse que o trabalho era de cozinheira e arrumadeira. A vítima, num primeiro momento, não aceitou.
No dia seguinte, narra a vítima, a dona do imóvel foi até a casa, às 5h30 da manhã, e passou a insistir muito para que o emprego fosse aceito. A inquilina, então, aceitou o emprego e, naquela mesma manhã do dia 26 de outubro, foi para Miracema.
A dona do imóvel e o marido dela levaram a vítima até a cidade. Ao chegar lá, a vítima foi levada para uma casa de prostituição comandada pelo casal. Ela afirma que ficou trancada em um quarto.
No mesmo quarto estava uma outra garota de programa, que também disse ter sido enganada. Ela contou para a vítima que o casal estava cobrando uma dívida de R$ 3 mil para poder liberar ela da prostituição. Juntas, as duas conseguiram fugir do local.
Sem dinheiro, a mulher começou a pedir ajuda para as pessoas que passavam pela rua. Um homem emprestou o celular e ela conseguiu telefonar para o marido, que estava em Santos Dumont. Depois disso, conseguiu passar a noite na casa de uma moradora de Miracema que se compadeceu com a situação vivida por ela.
Segundo o B.O, durante a noite, o casal estava rodando as ruas da cidade em busca da mulher. Os dois, armados de um facão, chegaram a ir até a casa onde ela estava escondida. A proprietária, durante a conversa com o casal, mentiu e disse que não tinha visto ninguém.
No dia seguinte, o marido da vítima chegou na cidade e, de moto, retornaram para Juiz de Fora. Quando foram até a propriedade em que a vítima morava, no Dom Bosco, a casa estava fechada, com a fechadura trocada e sem a mulher conseguir reaver os objetos e documentos que estavam dentro do imóvel.
A Polícia Civil vai investigar o caso.