O maior sindicato do mundo de trabalhadores em aviação, a Associação de Pilotos de Linha Aérea (ALPA, na sigla em inglês), declarou, neste sábado (17/12), apoio à greve dos aeronautas brasileiros. Os trabalhadores prometem cruzar os braços por duas horas diárias a partir de segunda-feira (19). O movimento, liderado pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), foi deflagrado após não haver acordo, junto às companhias aéreas, sobre os termos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O movimento paredista, previsto para acontecer das 6h às 8h, deve afetar mais de 40 voos previstos para o Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ontem, a BH Airport, administradora do terminal, calculou prejuízos a cerca de 5,6 mil passageiros. O texto enviado aos colegas brasileiros é assinado pelo capitão Jason Ambrosi, presidente da ALPA e piloto da Delta Airlines.
No documento, Ambrosi diz que os condutores dos aviões da companhia estadunidense tentam negociar um novo acordo trabalhista há três anos e, por isso, se compadecem com a paralisação convocada pelo SNA.
"Os pilotos do SNA merecem que seus salários acompanhem a inflação galopante, especialmente quando suas condições de trabalho continuam a se deteriorar", defende. A associação presidida por Ambrosi defende os tripulantes que atuam em companhias dos Estados Unidos e do Canadá.
Além de Confins, os tripulantes decidiram que a paralisação se estende por outros terminais importantes do país: Congonhas (São Paulo-SP), Guarulhos, também em São Paulo; Galeão e Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro-RJ; Viracopos, em Campinas-SP; e nos aeroportos de Porto Alegre-RS, Brasília-DF e Fortaleza-CE.
A greve foi decidida em assembleia organizada pelo SNA na quinta-feira (15). Ontem, emissários do sindicato se reuniram com representantes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF). O vice-presidente da corte, Aloysio Corrêa da Veiga, se propôs a tentar uma conciliação junto às empresas aéreas.
"Pudemos defender nossa necessidade de recomposição inflacionária, juntamente com o aumento real. Defendemos, também, a necessidade da garantia da definição dos horários das folgas, assim como a não alteração das mesmas", explicou o capitão Henrique Hacklaender, presidente do SNA, ao explicar as bases da greve e o conteúdo da reunião no TST.
Os pilotos desejam aumento real de 5% dos vencimentos mensais. Ainda ontem, a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST, expediu liminar que obriga o trabalho de 90% dos aeronautas durante a greve da categoria. O pleito inicial das companhias aéreas, contudo, era a proibição da paralisação.
"A urgência da medida se configura pela própria essencialidade dos serviços, bem como pela constatação de que a futura greve tem aptidão para gerar graves impactos na sociedade, notadamente por ser aprovada em período de aumento da demanda no setor de transporte coletivo aéreo", apontou a ministra na decisão, que prevê multa diária de R$ 200 mil ao SNA por descumprimento da medida.
"Tivemos o deferimento de uma liminar falando sobre o modelo de nossa greve - e que será cumprida. A greve está mantida para segunda-feira, a partir das 6h, até as 8h", falou o capitão Hacklaender, ao tratar da decisão do TST.
O Estado de Minas procurou o SNA para saber se há alteração no modelo de paralisação após a decisão do tribunal, mas não houve retorno até o fechamento deste texto.
Segundo a BH Airport, a greve vai impactar 26 embarques e 23 desembarques feitos em Confins. A aposta para mitigar os efeitos é um plano de contingência adotado em situações do tipo. A reportagem questionou a administradora do terminal sobre os destinos exatos das viagens afetadas pelo movimento, mas não conseguiu uma resposta.
"A BH Airport reforça que possui um plano de contingência, conjuntamente com as empresas aéreas e as autoridades aeroportuárias, para ter o mínimo de impacto no aeroporto, caso a greve de pilotos venha a se confirmar. Neste momento, as operações ocorrem normalmente", disse a empresa, em nota enviada ontem à imprensa.
O movimento paredista, previsto para acontecer das 6h às 8h, deve afetar mais de 40 voos previstos para o Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ontem, a BH Airport, administradora do terminal, calculou prejuízos a cerca de 5,6 mil passageiros. O texto enviado aos colegas brasileiros é assinado pelo capitão Jason Ambrosi, presidente da ALPA e piloto da Delta Airlines.
No documento, Ambrosi diz que os condutores dos aviões da companhia estadunidense tentam negociar um novo acordo trabalhista há três anos e, por isso, se compadecem com a paralisação convocada pelo SNA.
"Os pilotos do SNA merecem que seus salários acompanhem a inflação galopante, especialmente quando suas condições de trabalho continuam a se deteriorar", defende. A associação presidida por Ambrosi defende os tripulantes que atuam em companhias dos Estados Unidos e do Canadá.
Além de Confins, os tripulantes decidiram que a paralisação se estende por outros terminais importantes do país: Congonhas (São Paulo-SP), Guarulhos, também em São Paulo; Galeão e Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro-RJ; Viracopos, em Campinas-SP; e nos aeroportos de Porto Alegre-RS, Brasília-DF e Fortaleza-CE.
TST vai tentar diálogo com as companhias aéreas
A greve foi decidida em assembleia organizada pelo SNA na quinta-feira (15). Ontem, emissários do sindicato se reuniram com representantes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF). O vice-presidente da corte, Aloysio Corrêa da Veiga, se propôs a tentar uma conciliação junto às empresas aéreas.
"Pudemos defender nossa necessidade de recomposição inflacionária, juntamente com o aumento real. Defendemos, também, a necessidade da garantia da definição dos horários das folgas, assim como a não alteração das mesmas", explicou o capitão Henrique Hacklaender, presidente do SNA, ao explicar as bases da greve e o conteúdo da reunião no TST.
Os pilotos desejam aumento real de 5% dos vencimentos mensais. Ainda ontem, a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST, expediu liminar que obriga o trabalho de 90% dos aeronautas durante a greve da categoria. O pleito inicial das companhias aéreas, contudo, era a proibição da paralisação.
"A urgência da medida se configura pela própria essencialidade dos serviços, bem como pela constatação de que a futura greve tem aptidão para gerar graves impactos na sociedade, notadamente por ser aprovada em período de aumento da demanda no setor de transporte coletivo aéreo", apontou a ministra na decisão, que prevê multa diária de R$ 200 mil ao SNA por descumprimento da medida.
"Tivemos o deferimento de uma liminar falando sobre o modelo de nossa greve - e que será cumprida. A greve está mantida para segunda-feira, a partir das 6h, até as 8h", falou o capitão Hacklaender, ao tratar da decisão do TST.
O Estado de Minas procurou o SNA para saber se há alteração no modelo de paralisação após a decisão do tribunal, mas não houve retorno até o fechamento deste texto.
Confins aposta em plano de contingência
Segundo a BH Airport, a greve vai impactar 26 embarques e 23 desembarques feitos em Confins. A aposta para mitigar os efeitos é um plano de contingência adotado em situações do tipo. A reportagem questionou a administradora do terminal sobre os destinos exatos das viagens afetadas pelo movimento, mas não conseguiu uma resposta.
"A BH Airport reforça que possui um plano de contingência, conjuntamente com as empresas aéreas e as autoridades aeroportuárias, para ter o mínimo de impacto no aeroporto, caso a greve de pilotos venha a se confirmar. Neste momento, as operações ocorrem normalmente", disse a empresa, em nota enviada ontem à imprensa.