Passageiros com voos programados para o Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), devem ficar preparados para contratempos em plena semana de Natal, período marcado pelo pico de viagens aéreas. A partir de hoje, pilotos e comissários de bordo darão início a uma paralisação diária, das 6h às 8h, nos principais terminais do país.
Apesar de garantir a escala mínima de 90% dos trabalhadores e que voos não serão cancelados, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que as partidas e decolagens serão realizadas com atrasos, o que deve gerar um efeito cascata ao longo do dia.
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A proposta previa a renovação da atual convenção coletiva dos aeronautas, reajuste de salários e benefícios pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 5% de ganho real (acima da inflação) e a inclusão de uma nova cláusula que autoriza os tripulantes a venderem voluntariamente algumas folgas.
Assim, o SNA ressaltou que a categoria seguirá seu "manual de greve" e manterá 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles - de 1% a 2% - atrasará alguns voos. O sindicato pontuou que vai cumprir a decisão do TST que, na sexta-feira, determinou que 90% dos pilotos e comissários mantenham as atividades durante o período da paralisação.
O tribunal também impôs multa de R$ 200 mil caso o SNA não cumpra a determinação. A decisão atendeu parcialmente ao pedido feito pelo Snea, que solicitava o cancelamento total da greve, em detrimento da decisão pela paralisação, e multa de R$ 500 mil por dia.
CENÁRIO
Na manhã de hoje, a previsão é de que 20 voos previstos sejam afetados no Aeroporto de Confins. Na programação estão partidas para Recife, Natal, Fortaleza, Marabá, Curitiba, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e para diversas cidades mineiras, dentre outros destinos.
As decolagens da manhã serão realocadas pelas companhias aéreas em outros horários durante o dia, informou o SNA. Voos em horários fora do período definido para a paralisação também podem ser afetados, com o efeito cascata dos possíveis atrasos em conexões e escalas.
A BH Airport, empresa que administra o terminal, afirmou que tem um plano de contingência para mitigar os impactos da paralisação, que pode afetar quase seis mil passageiros.