Jornal Estado de Minas

GREVE

Audiência de conciliação termina sem acordo e metrô de BH segue parado

O sindicato dos trabalhadores do metrô de Belo Horizonte e a direção da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG) se reuniram em uma audiência de conciliação na tarde desta segunda-feira (19/12). O encontro foi realizado sob mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/MG). 





Na reunião, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) apresentou uma proposta de funcionamento dos metrôs em escala mínima, das 11h às 17h. Mas a CBTU-MG rejeitou a proposta.

Sem acordo entre as partes, a paralisação total do metrô continua nesta terça-feira (20/12). O TRT deu 48 horas para que o sindicato e a empresa apresentem uma proposta de consenso. Pela manhã, a CBTU receberá o sindicato para negociar essa nova proposição para o funcionamento do modal durante a greve. À tarde, a categoria vai se reunir em assembleia.

Greve


O metrô está completamente parado desde a última quarta-feira (14/12). Os trabalhadores demandam a suspensão do leilão de privatização do metrô. No dia 15, o TRT concedeu uma liminar à CBTU determinando o funcionamento do serviço em 100% nos horários de pico e 70% em horários regulares,  o que é considerado “escala mínima”.





Mas a categoria decidiu paralisar totalmente, a despeito da decisão judicial. Segundo a presidente do sindicato, Alda Santos, os 1.600 funcionários não sabem para onde vão caso o metrô seja privatizado. O leilão está marcado para o dia 22 de dezembro. 
 
Na saída da reunião de conciliação com a CBTU-MG, os metroviários realizaram uma manifestação durante a diplomação do governador eleito Romeu Zema, na sede do TRE-MG. Zema, entusiasta da desestatização, é o principal articulador da concessão do metrô à iniciativa privada.