Jornal Estado de Minas

Aviação

Greve dos aeronautas: Confins tem manhã tranquila nesta terça (20)

A greve de pilotos e comissários de bordo nos principais aeroportos do país volta a se repetir no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na manhã desta terça-feira (20/12). O movimento, organizado pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), prevê a paralisação das decolagens das 6h às 8h. 





No terminal de Confins, a manhã de hoje está tranquila e com o funcionamento normal. Nenhum voo precisou ser cancelado até as 7h.

Segundo Ronie Gaião, diretor de Regulamentação e Convenções Coletivas do SNA, dois voos dos nove programados para o período da greve sofreram mudanças. Um para Campinas, previsto inicialmente para às 6h05, foi confirmado para 8h, e o outro com destino a Santos Dumont, no Rio de Janeiro, programado para às 6h20, foi confirmado para às 7h40. 
 
Uma viagem da companhia aérea Azul com destino a Fortaleza precisou ser alterado devido ao mau tempo em BH. 
 
Durante o dia, é possível que os atrasos em outros aeroportos gere um efeito cascata que possa ser sentido pelos passageiros do terminal mineiro.

A greve


Pilotos e comissários de bordo reivindicam um aumento salarial de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e um ganho real acima da inflação de 5%. Além disso, os trabalhadores cobram direitos para definir horários de veto na alteração de folgas.





Segundo o SNA, a greve ocorre respeitando a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) da origatoriedade de manter as atividades de 90% dos comissários e pilotos durante a paralisação. Ainda segundo o sindicato, 100% dos tripulantes estarão a postos, mas 1% a 2% deles atrasarão os voos.

De acordo com Ronie Gaião, a adesão à paralisação depende da tripulação de cada voo e isso explica a partida de aeronaves dentro do horário definido para o movimento.

Ronie destacou ainda que a paralisação ocorre simultaneamente em nove aeroportos no Brasil. Além de Confins, a categoria decidiu que a paralisação se estende para Congonhas (São Paulo-SP), Guarulhos, também em São Paulo; Galeão e Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro-RJ; Viracopos, em Campinas-SP; e nos aeroportos de Porto Alegre-RS, Brasília-DF e Fortaleza-CE.
 
O diretor de Regulamentação e Convenções Coletivas disse que, até o momento, o sindicato das empresas e as companhias aéreas não entraram em contato com a categoria para negociar os termos reivindicados pelos trabalhadores.