O leilão de privatização do metrô de Belo Horizonte foi realizado nesta quinta-feira (22/12) e teve apenas um lance. A empresa Comporte Participações S/A, de São Paulo, arrematou o modal pelo valor de R$ 25.755.111. O valor representa um ágio de 33% sobre o lance mínimo, estabelecido em R$ 19.324.304,67.
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Vereadora de BH aciona a Justiça para adiar o leilão do metrô da capitalAlckmin pede adiamento do leilão do metrô de BH e desagrada governo ZemaZema afirma que 'tem gente tentando evitar' expansão do metrô em BHCBTU vai à Justiça para impedir greve no metrô de BH a partir desta terçaMetrô de BH pode ter viagens extras para suprir demanda de ônibus em greveO edital foi marcado pela insegurança jurídica. A privatização, cujo principal articulador foi o governo estadual, foi questionada pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCU-MG), por parlamentares mineiros e pelo Partido dos Trabalhadores, em pedido de liminar assinado por Gleisi Hoffman (PT), a coordenadora política do governo de transição.
A defesa da suspensão do leilão por figuras centrais do novo governo levantou dúvidas sobre se o Executivo que assume em 1º de janeiro vai assinar os papéis.
Dias após enviar um ofício ao Ministério da Economia pedindo a suspensão do edital, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin entrou em acordo com o governador Romeu Zema e deu aval à privatização dos ativos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
O edital prevê investimentos públicos no montante de R$ 3,2 bilhões para criação de uma nova linha. A empresa vencedora do certame terá que aportar, em contrapartida, apenas R$ 500 milhões.
A Comporte Participações S/A será agora operadora da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-BH), ficando responsável pela gestão, operação e manutenção da rede, incluindo a Linha 1 (Novo Eldorado – Vilarinho) e a Linha 2 (Nova Suíça - Barreiro). A previsão é de que as novas estações sejam inauguradas a partir de dezembro de 2026 e que todas entrem em operação em 2028.